A Petrobras está retornando ao mercado de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, após seis anos desde a venda da Liquigás em 2020. Esta decisão é um marco significativo para a estatal, que agora busca reestabelecer sua presença nesse setor crucial, motivada por pressões do governo federal em relação aos altos preços do gás.
O avanço vem em um momento em que a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou preocupação com as disparidades nos preços. Enquanto a Petrobras vende o gás por aproximadamente R$ 37, algumas famílias pagam até R$ 140. Para combater essa desigualdade, está sendo lançado o programa “Gás para Todos”, que visa distribuir botijões gratuitamente para famílias de baixa renda.
O conselho de administração da Petrobras detalhou que o foco inicial da nova operação será a distribuição de GLP, integrada a outras atividades no Brasil e no exterior, além de soluções voltadas para o baixo carbono. Porém, até o momento, não foi esclarecido se a venda direta a consumidores será parte dessa nova fase.
Historicamente, a Petrobras tinha uma forte presença no setor através da Liquigás, que operava em todos os estados com uma ampla rede de distribuição. No entanto, a estatal é impedida de atuar no mercado de combustíveis líquidos devido a um contrato de venda da BR Distribuidora, que estabelece restrições até 2029.
A decisão de voltar ao gás gerou reações variadas. Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), é uma vitória significativa, com a expectativa de que a medida leve à redução dos preços ao consumidor. Em contrapartida, analistas do setor expressaram receios sobre a sustentabilidade financeira da operação e suas implicações para o capital da companhia. Este anúncio foi feito coincidentemente no dia da divulgação do balanço financeiro do segundo trimestre de 2025, onde a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 26,7 bilhões, refletindo uma queda em relação ao trimestre anterior.
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