Plano de contingência para tarifaço inclui preservação de emprego, mas com exceções, diz Haddad

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Em uma recente entrevista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a relevância do plano de contingência para o Brasil diante do desafio imposto pelo tarifaço dos Estados Unidos. Ele enfatizou que, enquanto a preservação de empregos é um aspecto central da medida provisória (MP), algumas empresas enfrentarão exceções devido ao impacto significativo nas suas operações. “A MP oferecerá flexibilidade”, afirmou, permitindo que as empresas ajustem suas contrapartidas conforme necessário, visto que mais de 10 mil postos de trabalho estão em jogo.

Haddad mencionou que o plano não se restringe apenas a medidas imediatas; ele inclui reformas estruturais. Dentre essas, estão a redefinição das políticas de crédito e um aprimoramento do Fundo de Garantia para Exportações (FGE), buscando garantir que as empresas brasileiras, independentemente do tamanho, tenham acesso a ferramentas modernas para se tornarem competitivas no mercado global.

O plano também prevê linhas de financiamento e abordagens tributárias que permitirão o funcionamento adequado das compras governamentais, apontando para uma nova perspectiva na relação do Brasil com o exterior em tempos de mudança nas relações geopolíticas. Para Haddad, a importância de abrir novos mercados é imperativa para reduzir a dependência das exportações para os EUA.

Outro ponto crucial abordado pelo ministro diz respeito à resposta do Brasil às sobretaxas americanas. O Itamaraty está estruturando medidas de reciprocidade econômica, além de já ter encaminhado questionamentos à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a ordem executiva que afeta os produtos brasileiros, preparando-se para possíveis retaliações caso a tensão geopolítica aumente.

Sobre a inflação, Haddad mostrou-se otimista. Ele acredita que o tarifaço pode até gerar efeitos deflacionários, bem como a recente pesquisa Focus confirma uma tendência de redução nas previsões de inflação para o ano. O cenário atual, segundo ele, não se compara ao da crise vivida pelo Rio Grande do Sul em 2024, e destaca que as medidas propostas terão a robustez necessária para apoiar a economia brasileira e proteger empregos.

Diante de um cenário global em transformação, a atitude proativa do governo brasileiro abre caminhos para fortalecer as relações comerciais. O que você pensa sobre essas medidas e seu impacto para o futuro do Brasil? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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