Na última quarta-feira, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por 11 votos a 3 que a investigação conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre Deltan Dallagnol, ex-procurador da operação Lava Jato, poderá prosseguir. Esta nova derrota para Dallagnol se dá após a confirmação de uma decisão anterior que impedia o avanço dessa apuração, levantando sérias suspeitas sobre o recebimento indevido de diárias e passagens.
O colegiado do STJ manteve a posição do relator, Humberto Martins, que havia decidido a favor da União, apontando que a paralisação da investigação prestigiava ilegalidades e feriria a autonomia do TCU. A votação foi retomada após a ministra Maria Isabel Gallotti ter solicitado mais tempo para análise, mas em seu voto final, divergiu do entendimento da maioria, posicionando-se novamente a favor do ex-procurador.
O embate judicial se intensifica desde 2020, quando parlamentares denunciaram possíveis pagamentos irregulares ao Dallagnol e outros procuradores que faziam parte da força-tarefa. O total apurado pelo TCU chegou à impressionante cifra de R$ 2,8 milhões, o que levou a solicitação de devolução dos valores. Dallagnol contestou essa acusação na Justiça, alegando não ter responsabilidade direta sobre as despesas atribuídas.
Em resposta, a 6ª Vara Federal de Curitiba suspendeu a Tomada de Contas Especial (TCE) contra Dallagnol, decisão que posteriormente foi contestada pela União no STJ. A situação expõe tensões profundas sobre a fiscalização da atuação do Ministério Público Federal e questionamentos acerca da legalidade dos atos de gestão dentro da operação Lava Jato.
Insights adicionais sobre essa ocorrência e seu impacto no cenário político atual são bem-vindos. O que você pensa sobre a continuidade da investigação? Compartilhe suas opiniões abaixo!
Comentários Facebook