O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, deixou clara sua posição em uma entrevista à GloboNews, afirmando que não há espaço para a aprovação de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A proposta, impulsionada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, já havia provocado manifestações nos plenários do Congresso na semana anterior.
Motta sugere que, em vez disso, um projeto que revise penas apenas para aqueles com menor envolvimento nos ataques teria mais chances de prosperar. Ele expressou preocupação com os condenados que enfrentam penas severas, ressaltando a necessidade de avaliar casos para possíveis progressões a regimes mais brandos.
Com dados do Supremo Tribunal Federal mostrando que, dos mais de 1,4 mil envolvidos nos atos, apenas 141 permanecem presos e 44 estão em prisão domiciliar, o presidente da Câmara enfatiza a importância de discutir o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do STF, afirmando que “o que ocorreu em 8 de janeiro foi muito grave e precisa ser registrado para evitar repetição”.
Além disso, Motta criticou fortemente o deputado Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos, que discursou contra o Brasil, sugerindo sanções que afetam negativamente empresas e a economia. Para Motta, tais ações são “inaceitáveis” e coloca interesses pessoais acima do bem-estar do país.
“Não podemos aceitar que interesses individuais resultem em danos ao Brasil. A economia e os cidadãos merecem respeito e proteção”, concluiu Motta. O cenário se desenha tenso, e a busca por soluções eficazes continua a ser um desafio para os legisladores.
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