Projeto do VLT já rende frutos para marisqueiras e pescadores do Subúrbio

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POLÍTICA

Programa social capacita trabalhadores e impulsiona geração de renda na região

Porto da Sardinha, no bairro Plataforma. Geisa Britto, feirante na sua banca

Porto da Sardinha, no bairro Plataforma. Geisa Britto, feirante na sua banca –

Marisqueiras e pescadores do Porto das Sardinhas estão colhendo os frutos do projeto do VLT em Salvador. Profissionais de áreas como Gamboa de Baixo, Paripe e Plataforma participaram de um programa social que promove a formação de grupos locais e a capacitação em boas práticas de manipulação, preparando-os para a futura Unidade de Beneficiamento de Pescados.

O engenheiro de pesca José Carlos Bezerra, do Instituto Ori, explica que o programa alia desenvolvimento social à infraestrutura. “Nossa meta é unir o fortalecimento das comunidades com a geração de renda”, afirma.

O processo começou com um diagnóstico das necessidades locais. “Entendemos a realidade das famílias e identificamos os potenciais de cada grupo. A partir daí, iniciamos as formações, que já apresentam resultados concretos”, explica Bezerra.

Em um encontro recente, representantes das comunidades mostraram os frutos desse trabalho. A marisqueira Rosana, da Colônia Z67 em Paripe, compartilhou sua experiência. Após participar de cursos, ela se dedicou à produção de bolinhos de sardinha. “Estou apresentando nosso bolinho feito com sardinha. É uma nova perspectiva para nós, mulheres”, disse.

Rosana mostra o bolinho de sardinha que fez

Rosana exibe o bolinho de sardinha que criou | Foto: Flávia Requião – Ag. A TARDE

Rosana destacou que essa chance é um divisor de águas. “Apoio é tudo o que muitos de nós precisávamos. Queremos criar produtos de qualidade e talvez fornecer para eventos locais”, compartilhou.

Além dos bolinhos, as capacitações abriram espaço para novas fontes de renda, como a confecção de biojoias com escamas de peixes, um material que antes era descartado. Esse movimento transformou o que era lixo em artesanato que pode ser vendido por até R$ 10 cada.

José Carlos Bezerra destaca a viabilidade financeira desses produtos. “Um quilo de sardinha, que antes renderia R$ 10 a R$ 15, agora pode gerar até R$ 100 na forma de 50 bolinhos a R$ 2 cada, fazendo uma diferença significativa na renda dessas trabalhadoras”, explica.

Ele também menciona as biojoias. “As escamas, que eram jogadas fora, agora são vendidas como flores artesanais por R$ 10 cada. O desafio agora é aumentar a escala de vendas”, completou.

Brincos feitos de flor de escamas Flor de artesanato feito através de escamas

Com a Unidade de Beneficiamento de Pescados em desenvolvimento, as expectativas são promissoras. “Vamos garantir que a sardinha chegue à merenda escolar, com todos os padrões de qualidade exigidos. Isso é um grande avanço para a nossa região”, finalizou Bezerra.

Pessoas interessadas em adquirir produtos das marisqueiras e pescadores podem contatar José Carlos pelo telefone (71) 99611-9904 ou pelo Instagram @institutoori.

Resultados alcançados

Entre as conquistas até agora, as marisqueiras venderam 1,4 tonelada de sardinha para uma rede hoteleira, resultando em mais de R$ 17,6 mil em receita.

Outras ações em andamento

Alguns participantes do projeto tiveram acesso a um evento nacional de gastronomia em Salvador, onde aprimoraram suas habilidades e ampliaram suas oportunidades de negócio.

A nova etapa inclui aprofundar o gerenciamento dos negócios e utilizar o Mercado de São Brás como um espaço de promoção dos produtos locais.

Nova sede do Porto das Sardinhas

Projeto do Porto das Sardinhas

Projeto do Porto das Sardinhas | Foto: Reprodução/Conder

O Porto das Sardinhas, localizado no Subúrbio Ferroviário de Salvador, terá uma nova sede. Essa estrutura será próxima à atual, com acesso direto a uma estação do VLT. O espaço contará com áreas para processamento, embalagem, armazenamento, cozinhas e mais, aumentando a capacidade dos cerca de 200 trabalhadores locais em até 60%.

As obras começaram em 30 de julho e têm previsão de conclusão no próximo ano, com um investimento de R$ 2 milhões. O VLT também contará com vagões exclusivos para marisqueiras e ambulantes, proporcionando um transporte seguro para seus equipamentos.

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