A mais recente pesquisa da Genial/Quaest revelou que, após dois anos e oito meses, a administração de Luiz Inácio Lula da Silva apresenta 46% de aprovação, enquanto 51% dos entrevistados desaprovam sua gestão. Esses números, embora ainda disseram respeito à desaprovação, sinalizam uma tendência de recuperação que começou em julho. Antes desse período, a desaprovação havia alcançado 57%, com a aprovação caindo para 40% entre dezembro e maio.
Realizadas entre 13 e 17 de agosto, as 12.150 entrevistas cobririam diversas regiões, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, com uma margem de erro de dois pontos percentuais. A pesquisa, além dos números gerais, revelou avanços significativos na aceitação do governo em segmentos que sempre estiveram alinhados a Lula e também entre eleitores sem uma posição política definida. No Nordeste, por exemplo, a aprovação saltou de 53% para 60%, enquanto a desaprovação ficou em 37%. Na Bahia e em Pernambuco, os índices positivos subiram para 60% e 62%, respectivamente.
Entre os brasileiros que ganham até dois salários mínimos, a aprovação disparou para 55%, superando a desaprovação que se manteve em 40%. O apoio também cresceu entre os católicos e os beneficiários do Bolsa Família, trazendo uma nova energia à base de apoio do governo.
Comparando-se com o governo de Jair Bolsonaro, 43% dos entrevistados consideram a gestão atual superior, enquanto 38% acreditam que a administração de Bolsonaro foi mais eficaz.
Um dos principais fatores para essa melhora na avaliação foi a percepção sobre os preços dos alimentos. A porcentagem de brasileiros que relataram aumento nos preços caiu de 76% em julho para 60% em agosto, e 18% afirmaram que os preços recuaram. Essa mudança também impactou a percepção do poder de compra, que teve uma queda de 80% para 70% entre os insatisfeitos.
A pesquisa ainda abordou a resposta da população às tarifas impostas pelos Estados Unidos, onde 71% dos entrevistados manifestaram que estão erradas e 77% expressaram preocupações sobre o impacto na vida cotidiana. Politicamente, 48% vêem Lula e o PT como atuando corretamente, enquanto 28% concordam com as posturas de Bolsonaro e seus apoiadores. Quanto a Eduardo Bolsonaro, 69% acreditam que ele age em benefício próprio e não do país.
Em relação às consequências econômicas dessa situação, 67% dos respondentes defendem uma negociação com os EUA, enquanto 28% sugerem uma retaliação imediata. A confiança em Lula para avançar nessas negociações é quase equilibrada, com 48% acreditando em seu sucesso e 45% sendo céticos. O que você pensa sobre isso? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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