Menos de 10% das pessoas com doença de Chagas nas Américas são diagnosticadas, e menos de 1% recebem tratamento adequado, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Em resposta a essa realidade alarmante, surge o projeto-piloto “Quem tem Chagas, tem pressa”, que visa trazer diagnóstico e tratamento para muito mais perto das comunidades.
Esta iniciativa começou no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, com o propósito de eliminar a distância entre os pacientes e os cuidados necessários. Profissionais de saúde, estudantes e moradores de Triunfo e Serra Talhada receberam capacitação sobre a doença, preparando a comunidade para lidar com essa questão de saúde pública.
Na fase inicial, cerca de mil pessoas realizaram testes rápidos desenvolvidos pela Fiocruz, com uma taxa de positividade de 9%, superando a média nacional de 2% a 5%. Esses testes oferecem resultados imediatos, ao contrário de exames tradicionais que exigem semanas, muitas vezes levando os pacientes a percorrer longas distâncias até centros de referência, como a Casa de Chagas, em Recife.
Para assegurar que o diagnóstico seja preciso, aqueles que testam positivo se submeterão a exames sorológicos. A fase de tratamento está programada para iniciar em setembro, com um plano de descentralização do atendimento. Isso permitirá que os pacientes recebam o tratamento necessário, que dura cerca de 60 dias, bem próximo de suas casas, utilizando a atenção primária como suporte.
A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, pode ser transmitida pela picada do barbeiro, pela ingestão de alimentos contaminados, por transfusões sanguíneas ou de mãe para filho. É fundamental que cada vez mais pessoas conheçam sobre essa doença e o acesso ao tratamento se torne uma realidade mais próxima.
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