Nesta quinta-feira (28), uma megaoperação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Receita Federal foi iniciada com foco no empresário Mohamad Hussein Mourad. Ele é considerado o núcleo de um suposto esquema criminoso relacionado ao setor de combustíveis que liga o Primeiro Comando da Capital (PCC) ao movimentado centro financeiro da Faria Lima.
Mourad é um dos alvos dos 350 mandados de busca e apreensão emitidos. Segundo o Gaeco, ele e seu associado, Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”, liderariam um sistema fraudulento que abrange todos os aspectos da cadeia de combustíveis, desde a importação até a comercialização aos consumidores. O esquema também inclui mecanismos de ocultação de patrimônio, utilizando fintechs e fundos de investimento.
O empresário é investigado há anos por atividades ilícitas e, no passado, foi associado ao PCC. Além de Mourad e “Beto Louco”, cerca de 350 pessoas físicas e jurídicas são alvo dos mandados.
Outros alvos significativos da operação incluem:
- Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme, ligados às empresas Aster e Copape.
- Marcelo Dias de Moraes, presidente da Bankrow, implicado em lavagem de dinheiro.
- Camila Cristina de Moura Silva/Caron, diretora financeira da BK, uma fintech chamada de “banco paralelo” no esquema.
- Valdemar de Bortoli Júnior, vinculado a distribuidoras de combustíveis.
- José Carlos Gonçalves, conhecido como “Alemão”, relacionado ao PCC.
- Lucas Tomé Assunção, contador de uma empresa com 103 postos de gasolina.
- Marcello Ognibene da Costa Batista, contador com indícios de fraudes.
Os principais alvos da operação incluem:
Instituições de pagamento:
- BK Instituição de Pagamento S.A.
- Bankrow Instituição de Pagamento S.A.
- Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.
- Reag Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.
- Entre outras diversas instituições financeiras.
Distribuidoras e administradoras de postos de combustíveis:
- Aster Petróleo Ltda.
- Safra Distribuidora de Petróleo S/A.
- Duvale Distribuidora de Petróleo e Álcool Ltda.
- GGX Global Participações S.A.
- E outras empresas relacionadas.
Essa operação levanta questões sobre a profunda conexão entre o crime organizado e setores-chave da economia. O que você pensa sobre isso? Deixe sua opinião nos comentários!
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