Na noite do dia 8 de agosto, um homem de 50 anos, Antônio Carlos Couto Carahy Neto, foi preso em flagrante em Salvador, sob a acusação de agredir sua esposa. A ação ocorreu em sua residência, no bairro Caminho das Árvores. O caso chegou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Brotas, onde ele foi autuado por lesão corporal, ameaça e injúria, todos embasados na Lei Maria da Penha.
Durante a audiência de custódia, o Ministério Público da Bahia destacou a gravidade da situação, apresentando indícios de um “ciclo de violência já instalado”. Relatos da vítima indicaram lesões que causaram sangramentos, além de ameaças verbais. Apesar da seriedade das acusações, a ausência de antecedentes criminais e o fato de Antônio ser um servidor público fizeram o MP optar por não solicitar sua prisão preventiva, acreditando que a Justiça poderia exercer um “voto de confiança”.
Antônio Carlos era analista de sistemas e ocupava o cargo de presidente da Junta Administrativa de Recursos de Infrações da Secretaria de Mobilidade de Salvador. Em resposta à situação, a prefeitura anunciou a exoneração do servidor, reafirmando a repulsa a qualquer forma de violência contra a mulher.
Durante seu interrogatório, Antônio negou as acusações, alegando que a discussão foi causada por “ciúmes mútuos” e que a vítima o havia empurrado; segundo ele, o sangramento em seu rosto ocorreu sem sua explicação. A juíza Isabella Pires de Almeida, ao conceder a liberdade provisória, considerou que, apesar da gravidade da situação, não havia elementos suficientes para manter Antônio sob custódia.
Como parte das condições de sua liberdade, foram impostas diversas medidas cautelares, incluindo a proibição de se aproximar da vítima e de manter qualquer contato, além de restrições quanto ao consumo de álcool e recolhimento domiciliar noturno. Também foram estabelecidas medidas protetivas para garantir a segurança da vítima, incluindo a suspensão do registro da arma de fogo encontrada em sua residência.
Esse caso lança luz sobre a urgência de discutir a violência de gênero e como o sistema de justiça trata essas questões. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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