Nos últimos dias, o setor cafeeiro brasileiro tem intensificado esforços para reverter a drástica tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre as importações de café do Brasil. Esta medida, implementada em 6 de agosto de 2025, representa um desafio sem precedentes para a competitividade do nosso produto no mercado norte-americano, onde o Brasil é um dos principais fornecedores.
As entidades Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) e Abics (Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel) estão trabalhando em conjunto em um diálogo aberto com autoridades dos EUA e do Brasil. O Cecafé, em parceria com a National Coffee Association, importadoras e redes de cafeterias, busca incluir o café brasileiro em uma lista de isenções da taxação, enfatizando que este é um produto não cultivado em larga escala nos Estados Unidos, que consome anualmente mais de 24 milhões de sacas de café.
Caso a isenção não se concretize, o Cecafé também planeja pleitear a exclusão do café da lista de retaliações do Brasil, visando atenções à taxação adicional de 40%. O diretor-geral, Marcos Matos, afirmou a determinação da entidade em assegurar que o café brasileiro não seja penalizado de forma desigual em relação a outros países que ainda poderão exportar sem tarifas exorbitantes.
A Abics, que representa a indústria de café solúvel, ressaltou que a nova tarifa é especialmente prejudicial. O diretor executivo, Aguinaldo Lima, alertou que o café solúvel brasileiro, que respondeu por 780 mil sacas exportadas para os EUA em 2024, enfrentará as maiores penalidades, enquanto competidores como o México continuarão exportando sem tais tarifas. Isso não só afeta a indústria brasileira, mas também os consumidores norte-americanos, que podem perder acesso a produtos de alta qualidade e preço competitivo.
Diante desse cenário, tanto o Cecafé quanto a Abics estão elevando os esforços para dialogar com todas as partes envolvidas, ANCENando o objetivo de reverter essa tarifa imposta e minimizar suas consequências para os exportadores e consumidores. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
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