O pastor Silas Malafaia, conhecido por sua liderança na Assembleia de Deus Vitória em Cristo e seu papel como empresário no setor editorial, está enfrentando sérios problemas financeiros. Um levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional revelou que ele possui uma dívida tributária de R$ 17.029.589,22 com a União, a maior parte vinculada à Editora Central Gospel Ltda., que ele fundou com sua esposa, Elizete, há 26 anos.
O montante deve-se a R$ 16,98 milhões relacionados à editora, sendo R$ 6,9 milhões em contribuições previdenciárias e R$ 10,1 milhões em outros tributos federais. Por outro lado, a Igreja Assembleia de Deus, ligada a Malafaia, apresenta um débito bem menor, de aproximadamente R$ 46 mil. Essa dívida da editora aumentou de forma significativa, passando de R$ 1,8 milhão em 2021 para quase R$ 17 milhões em quatro anos, uma alta impressionante de 843%.
Além dos desafios financeiros, Malafaia está sob investigação da Polícia Federal. No dia 20 de agosto, seu celular foi apreendido ao retornar ao Brasil, como parte de uma investigação sobre possíveis tentativas de obstrução de Justiça e pressão sobre magistrados em casos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a PF, Malafaia teria um papel central nas ações de desinformação e pressão política sobre o Judiciário.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a ação, indicando que Malafaia poderia coagir ministros e autoridades. Como resultado, ele recebeu restrições, incluindo a proibição de sair do Brasil e o cancelamento de passaportes.
Malafaia minimizou a apreensão de seu celular, argumentando que trocava de aparelho com frequência e não teme o que a investigação possa revelar. Em relação às dívidas, ele reconheceu os valores e disse que seus advogados estão trabalhando na negociação dos tributos em atraso. Sobre as dívidas privadas, afirmou que já está cumprindo o plano estabelecido pela recuperação judicial da editora.
O advogado de Malafaia, Jorge Vacite Neto, confirmou que as pendências estão sendo tratadas legalmente e que a intenção é quitar todas as dívidas. Ele ressaltou que os débitos fiscais estão passando por uma revisão interna para regularização e que o processo de recuperação judicial da editora foi concluído de acordo com a legislação.
É uma situação complexa para Malafaia, que combina desafios financeiros com questões jurídicas. O que você acha sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.
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