Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, neste domingo (17), que pacientes têm o direito de recusar transfusões de sangue por motivos religiosos, preservando assim convicções de grupos como as Testemunhas de Jeová. O julgamento solidificou uma proteção legal importante, que agora serve de parâmetro para tribunais em todo o Brasil.
Essa decisão já havia sido discutida em setembro de 2024, quando o STF estabeleceu que ninguém deve ser forçado a aceitar tratamentos médicos que contradigam suas crenças, desde que a recusa seja feita de forma informada e consciente. Além disso, a Corte reconheceu a necessidade de considerar alternativas ao procedimento, sempre com o aval da equipe médica e do paciente.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) contestou a decisão, levantando preocupações sobre a atuação dos profissionais de saúde em situações de emergência, onde o paciente não pode manifestar sua vontade. O julgamento foi sustentado por casos reais: uma mulher em Maceió que se negou a uma transfusão durante uma cirurgia cardíaca e uma paciente no Amazonas que buscava um tratamento sem sangue em outro estado.
O ministro Gilmar Mendes, que relatou o caso, deixou claro que os profissionais de saúde devem agir com cautela durante crises, sempre respeitando as convicções pessoais. Durante o plenário virtual, Mendes foi acompanhado por outros ministros, incluindo Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. A sessão continua aberta para discussão, com a possibilidade de prorrogações.
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