Suplente de Alcolumbre tinha informante dentro do Dnit, diz PF

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A Polícia Federal (PF) trouxe à tona que o empresário Breno Chaves, suplente do senador Davi Alcolumbre (União-AP), tinha uma informante dentro do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Amapá (DNIT/AP). Breno foi um dos alvos da operação Route 156, focada em desvios em contratos do DNIT/AP.

O empresário possui ao menos duas empresas que participaram de licitações e conquistaram contratos com o órgão. A operação, que ocorreu em 22 de julho, executou 11 mandados de busca para investigar direcionamento de licitações e desvio de recursos federais vinculados a contratos de manutenção da rodovia BR-156, no Amapá.

Conforme a PF, Breno indicou Elenice Fernandes para o quadro de funcionários do Dnit, sendo que ela foi contratada sem passar por um processo seletivo. Mensagens recuperadas mostram que Elenice mantinha uma relação próxima com Breno, referindo-se a ele como “piloto”.

O suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, Breno Chaves Pinto
O suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, Breno Chaves Pinto

A investigação indica que Elenice tinha acesso privilegiado a documentos sensíveis do Dnit e compartilhava informações internas com Breno, atuando como uma informante. Em um áudio capturado pela PF, ela menciona que Breno “manda” na superintendência do órgão no Amapá.

Além disso, um trecho do áudio revela que Elenice usava uma escuta em seu carro e mencionava que “o Breno manda aqui no DNIT” e que “o superintendente Marcello foi indicação dele”.

Defesas

A defesa de Breno Chaves declarou que o processo está sob segredo de justiça, limitando as manifestações ao âmbito legal. O empresário reafirma sua inocência e se compromete a esclarecer os fatos quando for apropriado.

Por sua vez, a assessoria de comunicação de Alcolumbre destacou que o senador não tem qualquer ligação com as empresas envolvidas na operação ou com as atividades do suplente. Alcolumbre enfatizou seu respeito às instituições e a necessidade de todos prestarem esclarecimentos à Justiça.

O DNIT, em nota, afirmou sua colaboração com a investigação e repudiou práticas fraudulentas ou de corrupção. O órgão reafirma sua política de integridade e sua atuação pautada na legalidade.

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