Texas e Califórnia estão se preparando para modificar seus distritos eleitorais, com as mudanças sendo votadas em 21 de agosto. Esse movimento acontece em um momento crítico, visto que as eleições de meio de mandato de 2026 prometem ser decisivas para o presidente dos EUA, que busca consolidar a já estreita maioria republicana na Câmara dos Representantes.
No Texas, o Senado estadual, dominado pelos republicanos, deve aprovar um novo plano de circunscrições refinado, que já recebeu aprovação na Câmara local. O governador Greg Abbott, também republicano, deve promulgar essa alteração. Com o uso da técnica conhecida como ‘gerrymandering’, pretende-se garantir um aumento de até cinco assentos no Congresso para os candidatos conservadores.
Em contrapartida, a Califórnia, sob a liderança do governador democrata Gavin Newsom, propôs um mapa eleitoral que pode resultar em até cinco assentos adicionais para a esquerda, tentando neutralizar os planos texanos. A Assembleia do Estado da Califórnia planeja votar em três projetos de lei, buscando redefinir as circunscrições eleitorais independentemente da comissão que normalmente realiza essa tarefa. O ex-presidente Barack Obama elogiou essa iniciativa como uma resposta equilibrada às manobras de Trump.
O processo legislativo no Texas permite uma redistribuição mais ágil dos distritos, enquanto a Califórnia corre o risco de ter seu plano submetido a um referendo popular em 4 de novembro. Além de Texas e Califórnia, Trump também pretende alterar os distritos em estados como Indiana, Ohio e Missouri.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, criticou esse movimento, considerando-o um sinal do desespero republicano. Em resposta, os legisladores democratas do Texas argumentam que a nova redistribuição é uma violação da Lei de Direito ao Voto e da Constituição dos EUA. Eles afirmam que o novo desenho ajudaria a silenciar os votos de minorias, especialmente de eleitores negros e latinos, que geralmente favorecem os democratas.
O embate entre os dois estados reflete a intensa polarização política dos EUA e nos lembra que as redistrituições eleitorais podem ter grandes impactos no futuro político do país. Qual a sua opinião sobre essa situação? Sinta-se à vontade para comentar!
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