Em uma coletiva de imprensa impactante na Casa Branca, Donald Trump não hesitou em disparar críticas contundentes ao Brasil, chamando-o de “péssimo parceiro comercial”. O presidente dos EUA expressou sua indignação ao afirmar que o país sul-americano impõe “tarifas enormes” sobre produtos americanos, destacando que essa relação desequilibrada durou por anos.
Trump enfatizou que as tarifas cobradas pelo Brasil são significativamente mais altas do que as aplicadas pelos Estados Unidos, o que, segundo ele, resultou em uma postura defensiva da parte americana. Essa dinâmica levou a um aumento das taxas de 50% nos produtos brasileiros, uma ação que, em sua visão, desagradou a Brasília, mas foi necessária ao se considerar a relação comercial.
Na mesma coletiva, Trump apoiou Jair Bolsonaro, o descrevendo como um “homem honesto” e vítima de uma suposta perseguição política. Ele se mostrou solidário ao ex-presidente, mencionando as consequências de sua prisão e caracterizando o cenário como uma “execução política”. Para Trump, a dedicação de Bolsonaro ao povo brasileiro é notável, e ele considera a situação atual como uma caça às bruxas.
“Quando eles pegam um presidente e o colocam na prisão ou estão tentando prendê-lo… Acho que o que fizeram é uma execução política. Ele ama o povo brasileiro e lutou muito por essas pessoas”, disse Trump em sua defesa.
As observações de Trump não foram um caso isolado. Em julho, ele já havia associado a imposição de tarifas às questões jurídicas enfrentadas por Bolsonaro, além de ter enviado uma carta oficial pedindo o encerramento do processo contra o ex-presidente, denunciando um sistema judicial “injusto” no Brasil. Este clima de tensão é ampliado pelas acusações da Procuradoria-Geral da República, que alega que Bolsonaro esteve à frente de uma organização criminosa.
Além disso, a crítica de Trump ganhou eco em uma recente avaliação do Departamento de Estado sobre direitos humanos no Brasil, afirmando que a situação nesse aspecto se deteriorou, e que o governo Lula restringeria a liberdade de expressão. O relatório aponta ainda a detenção prolongada de muitos suspeitos após os eventos de 8 de janeiro, sem acusações formais.
Em resposta às sanções dos EUA a servidores brasileiros relacionados ao programa Mais Médicos, o presidente Lula reagiu com veemência. Ele contesta as alegações de cumplicidade com o regime cubano e aproveitou para criticar o embargo que perdura há setenta anos. Lula argumentou que a relação com Cuba deve ser pautada pelo respeito, insistindo que não há justificativa para a manutenção da sanção.
Em um momento em que as tensões se acentuam nas relações entre Brasil e Estados Unidos, as chamadas de atenção sobre comércio e direitos humanos reconfiguram o cenário diplomático. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas reflexões!
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