Um estudo conduzido pela Fiocruz e pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) traz boas notícias sobre a vacina contra a dengue TAK-003, conhecida como Qdenga. Realizada no Brasil, em meio à epidemia que afetou mais de seis mil pessoas em 2024, a pesquisa foi publicada na revista científica The Lancet Infectious Diseases no dia 19 de agosto.
A vacina já é aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para indivíduos de 4 a 60 anos e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O foco atual é a imunização de adolescentes de 10 a 14 anos.
Com base em mais de 92 mil testes realizados em jovens do estado de São Paulo, os resultados mostraram que uma única dose da vacina oferece cerca de 50% de proteção contra casos sintomáticos e 67,5% de eficácia na prevenção de hospitalizações. O estudo indicou também que a efetividade da primeira dose diminui após 90 dias, destacando a importância de seguir o esquema vacinal com duas doses.
Utilizando o método “teste-negativo”, onde dados da vigilância epidemiológica foram cruzados com registros de vacinação, o estudo confirmou a eficácia da vacina contra os sorotipos 1 e 2 do vírus da dengue. O segundo sorotipo é conhecido por causar quadros mais graves da doença.
Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou dados que mostram uma queda de 75,07% nos casos de dengue em comparação com o ano anterior. Em 2024, o país registrou 6.167 óbitos, enquanto até agora em 2025 foram 1.584 mortes. O Acre se destaca com um aumento no número de casos, enquanto outros estados apresentam redução.
A dengue, transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, continua a ser um desafio, especialmente durante a temporada chuvosa entre outubro e maio. A urbanização intensa, a carência de saneamento básico e fatores climáticos contribuem para a proliferação da doença.
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