Viúva de militante morto na ditadura é indenizada em R$ 590 mil após 50 anos

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Após meio século de luta, a família de José Carlos Mata Machado, carinhosamente conhecido como Zé Carlos, recebeu uma indenização de R$ 590 mil por danos morais. A decisão da Justiça Federal em Minas Gerais culminou em um desfecho significativo, encerrando um processo que se arrastava desde 1999. O pagamento foi efetuado no final de julho deste ano e acolhido por sua viúva, Maria Madalena Prata Soares, de 78 anos.

A sentença, celebrando os 50 anos do assassinato de Zé Carlos em 1973, não apenas simboliza um reconhecimento tardio de dor, mas também um passo importante na busca por justiça. O militante, que se destacou na luta pela Ação Popular Marxista-Leninista, foi brutalmente torturado e morto em 28 de outubro de 1973, no Doi-Codi, em Recife.

Zé Carlos não era um estrangeiro à repressão; em 1968, ele havia sido preso durante um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde passou oito meses detido. Sua trajetória de ativismo começou cedo, ao ser eleito presidente do Centro Acadêmico de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ingressando na instituição como o primeiro colocado.

Na visão de Eduardo Diamantino, advogado que representou Maria Madalena, a justiça, apesar da longa espera, finalmente se fez. “É notável a demora para um desfecho. Ainda que tardia, foi feita justiça à família”, afirmou, ressaltando a importância das ações indenizatórias em casos de violação de direitos fundamentais por agentes do Estado.

Que lições tiramos dessa história? A luta por justiça pode ser longa e complicada, mas nunca é em vão. Compartilhe sua opinião sobre essa importante conquista e o que a justiça representa para você.

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