Na última sexta-feira, o procurador-geral de Washington D.C., Brian Schwalb, protocolou uma ação federal com o objetivo de impedir que o presidente Donald Trump assuma o controle do Departamento de Polícia Metropolitana (MPD) da cidade ao enviar a Guarda Nacional. Essa decisão foi tomada poucas horas após a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, designar Terry Cole, chefe da Agência Antidrogas, como comissário de emergência do MPD.
Schwalb afirmou que a ação tem como finalidade declarar ilegal a medida de Trump, enfatizando que “as ações ilegais do governo são uma afronta à dignidade e autonomia dos 700 mil americanos que chamam Washington de lar”. Ele reforçou a gravidade da situação, descrevendo-a como a maior ameaça à autonomia municipal que a cidade já enfrentou.
A diretiva de Bondi, emitida na noite anterior, concede a Cole autoridade sobre as operações da polícia, obrigando o MPD a obter sua aprovação antes de qualquer ação. A prefeita Muriel Bowser deixou claro que “não há nenhuma lei que transfira a autoridade sobre o corpo de funcionários de Washington para uma autoridade federal”.
Ainda não está claro como essa nova abordagem impactará a chefe de polícia, Pamela Smith, que é uma funcionária da prefeita. Dos gabinetes de Bondi e da Casa Branca, não houve comentários imediatos sobre a situação.
O que está em disputa?
Bondi revogou políticas do MPD, incluindo uma diretriz recente de Smith que limitava a cooperação com autoridades federais de imigração. O Departamento de Justiça criticou essa diretriz, argumentando que ela ainda permitia “políticas de santuário”, que restringem a colaboração local com a aplicação da lei de imigração.
Smith instruiu os policiais a compartilhar informações com agências de imigração sobre indivíduos não detidos, mas manteve outras políticas que restringem investigações sobre status de imigração e proíbem prisões baseadas exclusivamente em mandados federais.
Em um comunicado, Schwalb reiterou que os membros do MPD devem seguir as ordens da prefeita, não de autoridades não nomeadas.
Como a intervenção se concretizou?
Na última segunda-feira, Trump anunciou a mobilização de centenas de soldados da Guarda Nacional para Washington, com a justificativa de controlar crises de segurança pública. Agências federais, incluindo o FBI, têm realizado operações nas ruas da cidade.
Moradores têm notado uma intensa presença federal, com veículos militares posicionados estrategicamente e tropas da Guarda Nacional em locais-chave da cidade. A situação em Washington permanece tensa e em constante acompanhamento.
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