Nesta terça-feira, a Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), realizou uma operação chamada Expertise, resultando na apreensão de joias e quantias em dinheiro. A ação, que ocorreu em Belém e Marituba, investiga irregularidades em contratos na Saúde e Educação, que somam R$ 198 milhões.
A operação busca desmantelar uma organização criminosa envolvida em crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro. Este esquema se estabeleceu por meio da contratação fraudulenta de empresas, utilizando recursos federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Os agentes da PF cumpriram 18 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos está Fabrício Correa, chefe de gabinete do deputado estadual Chicão (MDB), atual presidente da Assembleia Legislativa do Pará.
As investigações resultaram no bloqueio de ativos que podem atingir R$ 198 milhões, além do afastamento de sigilo bancário e fiscal de 17 investigados. A operação também levou à prisão preventiva de cinco pessoas e ao afastamento de seis servidores públicos.
Além disso, um dos investigados está sob monitoramento eletrônico, e quatro empresas suspeitas tiveram suas atividades suspensas por tempo indeterminado, o que inclui contratos com órgãos estaduais e municipais.
Os métodos utilizados pelo grupo envolvem o direcionamento de licitações, adesões irregulares a atas de registro de preços e a simulação ou execução parcial de contratos. Grandes valores públicos eram repassados, sacados em espécie e redistribuídos entre os integrantes da organização.
Com a participação de 65 policiais federais e 6 auditores da CGU, os investigados podem responder por uma série de crimes, incluindo violação à lei de licitações, peculato, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, entre outros.
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