Justiça decide manter prisão de “Casal do luxo” que viciava jovens

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O casal de traficantes que atraía jovens do Sudoeste em Brasília com brindes digitais continuará preso. O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) transformou a prisão em preventiva após a audiência de custódia realizada no último domingo.

O esquema foi desmantelado na noite de sábado por policiais da 3ª Delegacia de Polícia. A boca de fumo funcionava em um apartamento de alto padrão na quadra 504 do Sudoeste.

Embora a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não tenha confirmado, informações indicam que o traficante é Henrique Sampaio da Silva, que foi nomeado para um cargo público, mas não chegou a assumir. Sua parceira é uma advogada.

As investigações mostraram que o imóvel era um verdadeiro ponto de distribuição de drogas sintéticas e comuns, voltadas para adolescentes que frequentavam áreas públicas da localidade, como escolas e parquinhos.

Brindes e fidelização

Os traficantes criaram um sistema de fidelização inusitado, oferecendo brindes em formato 3D aos usuários. Pequenos objetos, como um esqueleto de peixe e um raio, representavam diferentes drogas:

  • Esqueleto de peixe: cocaína
  • Raio: ecstasy
  • Floco de neve: haxixe ou loló

Esses itens funcionavam como cartões de fidelidade, disfarçando a ligação entre o traficante e o cliente, enquanto criavam um laço de exclusividade.

Veja alguns brindes oferecidos pelo casal:

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Na operação, os agentes apreenderam:

  • Diversas porções de cocaína
  • Tabletes de haxixe
  • Embalagens de maconha
  • Vários comprimidos de ecstasy
  • Frascos de clorofórmio (loló)
  • Balanças de precisão
  • Sacos ziplock e materiais para embalo
  • Canudos utilizados para consumo de cocaína
  • Quantia significativa em dinheiro vivo

Operação Wolf

A operação, chamada de Wolf, visava organizar tanto a entrega no local quanto o serviço de delivery nas áreas próximas. Henrique Sampaio, de 39 anos, já tinha um longo histórico criminal, sendo esta sua sexta prisão, todas relacionadas ao tráfico de drogas.

O delegado-chefe da 3ªDP, Victor Dan, comentou sobre a sofisticação do esquema e a ousadia do casal em criar um código próprio para fidelizar usuários, surpreendendo as autoridades. Ele disse que a estratégia visava driblar a polícia e alcançar jovens e adolescentes.

Curiosamente, os agentes notaram a presença de placas e avisos no apartamento que simulavam preocupação social, disfarçando a verdadeira finalidade do local e tentando enganar vizinhos e autoridades.

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