Suspeitos de chefiar tráfico na Favela do Moinho são alvos de operação

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Uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) em conjunto com a Polícia Militar (PM) está em andamento. A ação visa cumprir 10 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão contra suspeitos de liderar o tráfico de drogas na Favela do Moinho, localizada no centro da cidade.

As investigações revelam que Leonardo Moja, conhecido como Leo do Moinho, seria o responsável por um quartel-general na favela. De lá, ele controlava o tráfico na Cracolândia e monitorava as comunicações da polícia, utilizando uma milícia composta por guardas civis metropolitanos (GCMs) para ajudar nesse controle.

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Leo do Moinho, preso no ano passado, já enfrenta penas totalizando 25 anos e 4 meses, por suas atividades no tráfico e por um assassinato brutal de um usuário de drogas, que foi esfaqueado e queimado. Importante ressaltar que duas testemunhas desse caso foram assassinadas durante o processo judicial.

Ele também foi denunciado na Operação Salut et Dignitas, que foi deflagrada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em agosto de 2024. Naquela ocasião, estava em liberdade condicional, mas acabou sendo preso novamente.

Ameaças e cobranças

Moradores da Favela do Moinho relataram cobranças de até R$ 100 mil de proprietários de imóveis na região que aceitassem se mudar para apartamentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). A pressão para pagar uma “multa” ou vender os apartamentos posteriormente, dividindo o lucro com os criminosos, tem sido uma prática comum, envolvendo até Leo do Moinho como um dos donos de imóveis.

Essas denúncias levaram a Polícia Civil a abrir um inquérito, que também foi repassado ao MPSP. Até o momento, seis denúncias por tráfico e organização criminosa já foram apresentadas contra líderes e associados do PCC na Favela do Moinho.

Disputa política

Recentemente, o governo federal anunciou um programa para fornecer moradias gratuitas aos moradores da Favela do Moinho, em parceria com o governo do Estado de São Paulo. O acordo destina R$ 250 mil por família em subsídios, totalizando um investimento de R$ 220 milhões, sendo R$ 160 milhões do governo federal e R$ 60 milhões do estado.

Entretanto, apesar da colaboração para melhorar a situação habitacional, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o de Tarcísio de Freitas estão em meio a uma disputa política sobre a questão da favela.

O que você acha dessas operações e da situação da Favela do Moinho? Deixe sua opinião nos comentários.

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