Estados Unidos zeram tarifa de exportações de celulose e ferro-níquel

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Decreto foi emitido na semana passada, segundo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

Redução de tarifas deve ajudar na retomada de embarque de celulose e ferro-níquel para os EUA

As exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel para os Estados Unidos agora estão isentas de tarifas. A informação foi confirmada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços após um decreto anunciado pelo governo dos EUA na semana passada.

A nova medida elimina uma tarifa de 10% sobre essas mercadorias, além de retirar a sobretaxa de 40% que havia sido imposta no mês anterior pelo presidente Donald Trump. Essa mudança deve facilitar a retomada das exportações desses produtos.

Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 1,84 bilhão em celulose e ferro-níquel para os EUA, representando 4,6% das vendas totais para esse mercado. Somente as pastas químicas de madeira foram responsáveis por US$ 1,55 bilhão desse valor. Com as novas isenções, 25,1% das exportações brasileiras para os EUA estão agora livres de tarifas adicionais.

Alívio progressivo

O Ministério do Desenvolvimento destacou que, apesar das boas notícias, ainda há produtos que mantêm algumas tarifas. Outros dez itens continuam com a taxa de 10% suspensa, mas ainda estão sujeitos à alta sobretaxa de 40%. Isso abrange minerais brutos, níquel e herbicidas, que somaram US$ 113 milhões em vendas para os EUA em 2024.

O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, comentou: “Essa decisão representa um avanço, especialmente para o setor de celulose do Brasil. Mas ainda precisamos trabalhar para reduzir as tarifas.”

Mais tarifas

Por outro lado, a ordem executiva estabeleceu regras mais rígidas para outros setores. Cerca de 76 produtos brasileiros continuam a ser penalizados com tarifas, e sete itens, principalmente insumos químicos e plásticos, agora enfrentam uma taxa adicional de 10% sobre a sobretaxa de 40%. Esses produtos totalizaram cerca de US$ 145 milhões em exportações no ano passado.

Além disso, o café e o cacau produzidos no Brasil permanecem com tarifa de 50%, sem mudanças em relação à decisão mais recente dos EUA.

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