O Ministério da Fazenda anunciou uma revisão nas projeções do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2025, que agora é de 2,3%, uma queda em relação à estimativa anterior de 2,5%. Para 2026, a previsão permanece em 2,4%. Essas informações fazem parte do Boletim Macrofiscal, publicado nesta quinta-feira, 11 de setembro.
Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE), o PIB do segundo trimestre mostrou um crescimento moderado, impactado por uma contribuição negativa da absorção doméstica. O aumento nas taxas de juros e na inadimplência também foram apontados como fatores que frearam a expansão do crédito.
Embora a taxa de desemprego esteja em seu menor nível histórico, a SPE observou uma tendência de desaceleração na massa de rendimentos real. A secretaria já havia sinalizado um “leve viés de baixa” na projeção do PIB após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, que apresentou um crescimento de 0,4%, abaixo da alta de 1,3% registrada nos primeiros três meses do ano.
Impactos das tarifas dos EUA
O Ministério da Fazenda estima que as tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros podem reduzir em 0,2 ponto porcentual o crescimento do PIB entre agosto de 2025 e dezembro de 2026. No entanto, a proposta do governo, chamada Plano Brasil Soberano, pode mitigar esse impacto pela metade, para apenas 0,1 ponto.
Medidas como o diferimento de tributos e a manutenção de empregos podem ajudar a reduzir ainda mais esses efeitos. A SPE destacou que essas estimativas não consideram choques na confiança ou uma alta volatilidade financeira.
A SPE projeta que cerca de 138 mil postos de trabalho poderão ser afetados até o final do próximo ano, sendo 71,5 mil na indústria. O impacto das tarifas também resultaria em uma redução das exportações líquidas como proporção do PIB e poderia elevar a taxa de desemprego e a inflação, cada uma em 0,1 ponto.
Revisão da projeção para o IPCA
Além do PIB, o Ministério da Fazenda também revisou sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025, passando de 4,9% para 4,8%, ainda acima do teto da meta que é de 4,5%. Para 2026, a expectativa se manteve em 3,6%.
A SPE indicou que essa diminuição reflete uma série de fatores, como a valorização do real e uma maior oferta de bens em escala global, além da adoção de bandeira amarela para tarifas de energia elétrica em dezembro.
O cenário para o IGP-DI também foi revisado, reduzindo a estimativa de 4,6% para 2,6% em 2025, devido a uma apreciação recente do real e a expectativa de inflação mais baixa.
Estes dados fornecem um panorama importante sobre a economia brasileira e suas previsões para os próximos anos. E você, o que acha dessas mudanças nas projeções econômicas? Deixe sua opinião nos comentários!
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