A ideia de refletir a luz solar de volta ao espaço para resfriar o planeta e combater as mudanças climáticas foi recentemente rejeitada pelas autoridades do Reino Unido. Embora essa proposta, conhecida como geoengenharia solar, tenha ganhado atenção nos últimos anos, seus riscos e incertezas levaram os legisladores a reconsiderá-la.

Os efeitos das mudanças climáticas estão se tornando cada vez mais evidentes. Os moradores já sentem, em seu dia a dia, os impactos do aumento da temperatura média do planeta, que se manifestam em fenômenos como ondas de calor e tragédias climáticas. Diante desse cenário, cientistas exploram diferentes soluções, mas algumas são polêmicas. O desvio de raios solares, por exemplo, enfrentou resistência e foi agora descartado em discussão no parlamento britânico.

Aquecimento Global
Objetivo da proposta é reduzir os impactos das mudanças climáticas (Imagem: Bigc Studio/Shutterstock)

Ideia era refletir a luz solar de volta ao espaço

  • A geoengenharia climática é um conjunto de tecnologias propostas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas;
  • Essa abordagem envolve refletir a luz solar de volta ao espaço para tentar resfriar o planeta;
  • Entretanto, o plano apresenta desafios significativos, como custos elevados e incertezas sobre sua eficácia;
  • Além disso, há o risco de causar distúrbios climáticos em outras regiões do planeta.

Mudanças climáticas: Reino Unido rejeitou o uso da tecnologia

Os legisladores do Comitê de Auditoria Ambiental levaram em conta vários fatores antes de descartar a proposta. Eles alertaram sobre os riscos que os projetos poderiam representar para a vida marinha e os ecossistemas, além de possíveis violações do Tratado da Antártica. A resposta do governo britânico foi clara: não há planos para implementar essa ou qualquer tecnologia semelhante, conforme reportado pela Bloomberg.

Antártica
Teste com a tecnologia seria realizado na Antártica (Imagem: Mozgova/Shutterstock)

A decisão ocorre após um grupo de mais de trinta cientistas advertir que as propostas para resfriar artificialmente as regiões polares são caras e potencialmente perigosas. Apesar da rejeição deste plano específico, o governo britânico afirmou que vai continuar colaborando com parceiros internacionais em pesquisas sobre geoengenharia.

Recentemente, um relatório da União Europeia também expressou preocupações sobre a incerteza dos benefícios dessas soluções e o risco de fazê-las serem exploradas por agentes mal-intencionados. A UE já manifestou sua intenção de se envolver em esforços internacionais para avaliar intervenções em grande escala para lidar com as mudanças climáticas.

O que você pensa sobre essa rejeição? Acredita que devemos explorar mais a fundo as tecnologias de geoengenharia ou focar em outras alternativas? Deixe sua opinião nos comentários.