Trump exige que aliados da Otan parem de comprar petróleo da Rússia

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e condicionou a imposição de novas sanções contra a Rússia ao fim da compra do petróleo russo por parte de nações da aliança militar. A declaração do líder norte-americano foi divulgada neste sábado (13/9), na rede social Truth.

De acordo com Trump, o comércio de petróleo da Rússia com países da Otan “enfraquece muito” a posição de negociação, e o poder de barganha com o governo de Vladimir Putin.

“Estou pronto para impor grandes sanções à Rússia quando todas as nações da OTAN concordarem e começarem a fazer o mesmo, e quando todas as nações da Ottan pararem de comprar petróleo da Rússia”, escreveu o presidente dos EUA.

Além disso, o mandatário norte-americano pediu que nações da aliança imponham tarifas sobre produtos da China. A justificativa, explicou Trump, é que Pequim exerce forte influência sobre Moscou.

“Acredito que isso [fim da compra do petróleo russo], somado à Otan, como um grupo, impondo tarifas de 50% a 100% sobre a China, a serem totalmente retiradas após o fim da guerra com a Rússia e a Ucrânia, também será de grande ajuda para acabar com esta guerra mortal, mas ridícula. A China tem um forte controle, e até mesmo domínio, sobre a Rússia, e essas tarifas poderosas quebrarão essa pegada”, disse.

No último fim de semana, o presidente dos EUA afirmou que estava pronto para uma nova rodada de sanções contra a Rússia, como forma de pressionar o país a negociar a paz com a Ucrânia.

Até o momento, contudo, novas retaliações contra Moscou ainda não foram anunciadas. Ao invés disso, Trump decidiu atingir a Rússia através de seus parceiros comerciais. Um dos exemplos é a Índia, que no início de agosto foi punida com uma taxa de 50% por comprar petróleo russo.

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Negociações de paz seguem sem sucesso

Mesmo que tenha prometido acabar com a guerra na Ucrânia assim que assumisse seu segundo mandato, Trump até agora não transformou declarações em realidade.

No último mês, o presidente dos EUA se reuniu com o líder da Rússia, Vladimir Putin, para discutir um possível fim do conflito na Ucrânia.

Apesar da reunião no Alasca, as negociações não avançaram, pois os dois lados envolvidos na guerra não chegaram a um consenso sobre os termos de paz.

Isso porque uma das condições da Rússia para o fim da ofensiva é que partes do território da Ucrânia, conquistados ao longo do últimos três anos, sejam reconhecidos como áreas russas. Kiev e aliados europeus, porém, classificam o pedido como inaceitável.

Além disso, nações da Europa têm falado em enviar tropas para a Ucrânia em um cenário de pós-guerra, com o objetivo de garantir a segurança do país e evitar novas invasões. Uma decisão que também contrariaria as exigências de Putin, que pede o enfraquecimento militara ucraniano para o fim completo do conflito.

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