O Banco Central divulgou na última segunda-feira (15) o Boletim Focus, documento que reflete as expectativas do mercado financeiro. As previsões apontam uma leve redução na inflação para 2025, passando de 4,85% para 4,83%, embora ainda acima do teto da meta de 4,5%. Para anos seguintes, a expectativa de inflação de 2026 permanece em 4,30%, enquanto para 2027, a previsão caiu de 3,93% para 3,90%. No caso de 2028, a expectativa permanece estável em 3,70%.
Desde o início de 2025, o sistema de metas de inflação passou a ser contínuo, considerando o IPCA acumulado em 12 meses. O objetivo central é de 3%, tendo uma tolerância de até 1,5 ponto percentual. Se a inflação exceder constantemente esse intervalo por seis meses, o Banco Central deve enviar uma explicação pública ao ministro da Fazenda, processo que já ocorreu em julho deste ano.
Fatores como câmbio, custos de energia e influências climáticas têm pressionado a inflação. O Banco Central espera que a inflação atinja 4,9% em 2025 e 3,6% em 2026, com uma expectativa de 3,4% no primeiro trimestre de 2027.
PIB e juros
A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 permanece em 2,16%. Para 2026, a expectativa caiu de 1,85% para 1,80%, enquanto em 2027, subiu de 1,88% para 1,90%. O crescimento para 2028 continua em 2,0%, mantendo-se constante por 79 semanas.
A taxa Selic foi mantida em 15% ao ano, nível que se mantém estável por 12 semanas. O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que os juros permanecerão elevados por um período prolongado para avaliar a eficácia das medidas na contenção da inflação. Para 2026, a projeção da taxa caiu de 12,50% para 12,38%. Para 2027 e 2028 a expectativa é de 10,50% e 10,0%, respectivamente.
Câmbio e setor externo
As expectativas para o dólar também diminuíram, com previsões indicando que a moeda deve encerrar 2025 cotada a R$ 5,50, sendo que a estimativa para 2026 e 2027 permanece em R$ 5,60. Para 2028, a previsão caiu de R$ 5,56 para R$ 5,54.
O superávit na balança comercial estimado para 2025 caiu de US$ 65 bilhões para US$ 64,8 bilhões e, para 2026, recuou de US$ 69 bilhões para US$ 68,4 bilhões. A expectativa para investimentos estrangeiros diretos permanece em US$ 70 bilhões para ambos os anos.
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