Drones russos invadem espaço aéreo da Romênia; UE condena violação

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A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, classificou neste domingo (14/9) a incursão de um drone russo no espaço aéreo da Romênia como “inaceitável”. Ela acusou Moscou de uma “escalada imprudente”.

A Romênia alegou que um drone não tripulado violou seu espaço aéreo no sábado (13), apenas quatro dias após a intrusão de 19 drones russos no céu da Polônia, outro país da Otan. O governo romeno apontou as ações de Moscou como um “novo desafio” à segurança no Mar Negro.

Kallas expressou em uma mensagem na rede X que “a violação do espaço aéreo romeno por drones russos é outra infração inaceitável da soberania de um Estado-membro da UE”. Ela reafirmou que a continuidade dessa escalada ameaça a segurança regional e destacou o apoio da União Europeia à Romênia, informando que está em contato com o governo local.

Bucareste condenou as “ações irresponsáveis da Federação Russa”, afirmando que isso representa um novo desafio à segurança e estabilidade na região do Mar Negro. O Ministério da Defesa da Romênia frisou a falta de respeito da Rússia pelo direito internacional.

O governo romeno também revelou que o violador do espaço aéreo foi identificado durante um ataque russo à Ucrânia.

Em resposta à situação, a Romênia enviou dois caças F-16 na noite de sábado para monitorar os céus. Um dos caças detectou um drone que voou por cerca de 50 minutos sobre o leste do país antes de se afastar de volta para a Ucrânia. Os pilotos estavam autorizados a abater o alvo, mas optaram por não abrir fogo após avaliar os riscos colaterais.

A Romênia tem uma nova legislação que permite derrubar drones que invadam seu espaço aéreo. Durante a missão, os caças receberam apoio da Alemanha, que enviou dois aviões Eurofighter Typhoon para monitorar a situação.

A defesa romena ainda informou que o drone não sobrevoou áreas povoadas e não representou uma ameaça imediata à população.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, declarou no sábado que está pronto para aplicar novas sanções contra a Rússia, desde que os países da Otan cessem a compra de petróleo russo. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, a UE impôs uma proibição à maioria das importações de petróleo russo, embora o oleoduto Druzhba tenha uma isenção temporária para facilitar a adaptação de países da Europa Central.

Apesar das sanções, Hungria e Eslováquia continuam a importar petróleo russo, utilizando o oleoduto, que tem sido alvo de ataques ucranianos nas últimas semanas.

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