Ouça áudio de plano de “foto fake” em fraude em cestas básicas no TO

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Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou um esquema de fraude envolvendo contratos de cestas básicas no Tocantins. Mensagens entre os envolvidos mostram como uma “foto fake” foi criada para enganar a fiscalização das compras. O caso levanta sérias preocupações sobre a transparência e a gestão pública na região.

Áudios recuperados do celular de um dos investigados, Paulo César Lustosa, revelam que em 2022 ele e seu irmão, Wilton Rosa Pires, combinaram um “empréstimo” de cestas básicas de uma empresa para simular a entrega de materiais. Ouça o áudio da conversa:

Durante a troca de mensagens, Wilton mencionou que estava a caminho de uma visita à Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas). Ele também comentou sobre devolver as cestas emprestadas após a fiscalização. A conversa levanta dúvidas sobre a legitimidade do processo de distribuição das cestas.

Wanderlei Barbosa, governador afastado do Tocantins, nega qualquer irregularidade e afirma que não tem conhecimento de listas ou fotos fraudulentas. A defesa de Paulo Lustosa também se distanciou das acusações de fraude.

De acordo com a PF, o “empréstimo” das cestas estava destinado a enganar a fiscalização, pois as cestas não haviam sido produzidas conforme estipulado no contrato. Os diálogos entre Lustosa e seu irmão deixam claro que as cestas básicas não estavam sendo entregues, e uma lista de 1.500 nomes foi forjada para justificar a prestação de contas. Ouça o áudio que revela essa tramagem:

A PF afirma que a criação da lista e o pedido de nomes e CPFs indicam um padrão de operação típico em fraudes de fornecimento. No dia seguinte às conversas sobre os nomes, Wilton informou que havia conseguido 600, mas o restante ainda precisava ser obtido, demonstrando um planejamento para iludir a fiscalização.

A investigação aponta que os contratos de cestas básicas, cerca de R$ 97 milhões, eram geridos pelo Instituto de Desenvolvimento de Gestão Social, Esportiva e Cultural (Idegesesc), que teve como presidente a primeira-dama de Tocantins entre 2013 e 2019. A PF enfatiza o vínculo da instituição com a primeira-dama, Karynne Sotero Campos, que, em nota, afirmou não ter relação com os fatos apurados e destacou sua separação de Lustosa desde 2017.

Operação Fames-19

A Operação Fames-19, deflagrada em setembro, foca em possíveis fraudes nas compras de cestas básicas e frangos durante a pandemia. Os recursos desviados teriam sido usados em empreendimentos de luxo e despesas pessoais, afetando gravemente os cofres públicos.

A Defesa dos Envolvidos

Wanderlei Barbosa reafirma que não esteve envolvido em nenhuma irregularidade e que as acusações são infundadas. Já a defesa de Lustosa considera as alegações descontextualizadas e confia que a verdade será esclarecida no processo legal.

Estamos diante de um caso que não só expõe fraudes em contratos públicos, mas também levanta questões importantes sobre a responsabilidade e a fiscalização dos recursos públicos. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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