O celular do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, assassinado na noite de segunda-feira, está sob análise da Polícia Civil de São Paulo. O crime ocorreu no bairro Jardim Mirim, em Praia Grande, no litoral sul paulista.
A confirmação sobre a posse do dispositivo foi feita na quarta-feira pelo delegado Rogério Thomaz, que está coordenando as investigações do caso na sede da Polícia Civil. Além disso, a Justiça de São Paulo atendeu a um pedido de prisão temporária de dois suspeitos ligados à execução de Ferraz.
Terceiro carro usado no crime
Segundo Rogério Thomaz, três veículos foram utilizados na ação criminosa. Enquanto um deles foi encontrado incendiado, outro já foi identificado, mas o modelo não foi divulgado. O número de envolvidos no crime pode ser em torno de seis pessoas, mas ainda é uma estimativa.
Depoimentos
Nesta quarta-feira, a mãe e o irmão de um dos suspeitos prestaram depoimentos no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. O conteúdo e a identidade do suspeito, no entanto, não foram revelados pelo delegado.
O que se sabe sobre a execução
Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas pela polícia para ajudar a esclarecer a dinâmica do crime. Um vídeo obtido mostra os criminosos estacionando um carro nas proximidades da Prefeitura de Praia Grande, local onde Ruy Ferraz trabalhava como secretário de Administração, cerca de 14 minutos antes de ser atacado.
Ruy, ao notar a presença dos criminosos, tentou fugir, mas foi perseguido por cerca de 2,5 quilômetros até colidir seu veículo em um ônibus e ser executado.
Nenhuma linha de investigação descartada
As autoridades não descartam a possibilidade de envolvimento de agentes públicos na execução. Ruy Ferraz era conhecido por seu enfrentamento ao PCC e tinha inimigos tanto dentro da polícia quanto fora. O fato de ele estar atuando como secretário em Praia Grande pode ter despertado descontentamentos locais.
Internamente, a ação tem sido comparada à execução do corretor Vinícius Gritzbach, que também foi alvo do PCC. As investigações indicam que o crime pode ser uma retaliação do tráfico, considerando que Ruy Ferraz foi o primeiro a investigar a facção no estado nos anos 2000.
Quem era Ruy Ferraz
- Ruy Ferraz Fontes atuou por mais de 40 anos na Polícia Civil de São Paulo, sendo especialista na facção criminosa PCC.
- Iniciou a carreira como delegado no município de Taguatinga e passou por várias delegacias importantes, incluindo a Divisão de Homicídios.
- Foi responsável pela Delegacia Geral e atuou como professor de criminologia e direito processual penal.
- Assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande em janeiro de 2023 e foi jurado de morte por Marco William Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC, em 2019.
Esse caso destaca a complexidade e os riscos enfrentados pelos profissionais da segurança pública em um cenário de criminalidade que desafia a lei. O que você pensa sobre a segurança na sua região? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.
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