O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (17), manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. Essa escolha foi unânime e marca a segunda vez consecutiva que a taxa permanece estável.

Os membros do Copom justificaram a decisão diante das instabilidades do cenário externo e da inflação acima da meta no Brasil. De acordo com o comunicado, “o ambiente externo se mantém incerto, influenciado pela conjuntura e pela política econômica dos Estados Unidos, afetando a volatilidade de diferentes classes de ativos e as condições financeiras globais.”

Além disso, o copom acredita que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação em direção à meta ao longo do tempo. “Isso também implica a suavização das flutuações na atividade econômica e o fomento ao pleno emprego”, acrescentou o texto.

Vale lembrar que de setembro de 2024 a junho deste ano, o Banco Central aumentou a Selic em 4,50 pontos, o que representa o segundo maior ciclo de alta dos últimos 20 anos, atrás apenas da elevação de 11,75 pontos entre março de 2021 e agosto de 2022, iniciada após o fim da pandemia.

O Copom também destacou que o cenário atual exige cautela na política monetária. “Seguiremos vigilantes, avaliando se a manutenção da taxa atual por um período prolongado é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta”, informou. As expectativas de inflação para 2025 e 2026 estão acima da meta, em 4,8% e 4,3%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2027 é de 3,4% no cenário de referência.

Os integrantes que votaram a favor da decisão incluem Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Esse cenário levanta muitas questões sobre o futuro da economia. O que você acha das medidas tomadas pelo Copom? Compartilhe sua opinião nos comentários!