O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou na última quinta-feira que a autonomia da instituição visa proteger o país e não apenas os diretores. “A autonomia é um processo de proteção não para os diretores, mas para o país, permitindo que eles tomem decisões melhores, sem se preocupar com repercussões políticas”, afirmou durante o Seminário Nacional sobre Crédito Consignado em Brasília.

Galípolo explicou que o BC colabora com várias instituições do governo e da sociedade. Em questões relacionadas à segurança pública, a autarquia atua em conjunto com a Polícia Federal e a Receita Federal, além do setor privado. Ele também comentou sobre a necessidade de oferecer linhas de crédito mais acessíveis, ressaltando que os juros pagos pelos consumidores atualmente são muito acima da taxa Selic.

“Isso muitas vezes acontece devido à falta de garantias adequadas ou ao alto custo operacional”, apontou ele. Galípolo enfatizou que o desafio é garantir que as linhas de crédito sejam mais baratas, incentivando a competição no setor. Ele mencionou que a taxa básica de juros está em 15% ao ano, e a diferença em relação aos juros pagos pelos consumidores reduz a sensibilidade do crédito à Selic.

O presidente do BC reiterou que a saúde do sistema financeiro é essencial e que não há conflito entre aumentar a concorrência e garantir segurança para os usuários. “Quanto mais seguro, melhor será para o cidadão. E quanto mais opções, melhor também”, finalizou.