Nelson Wilians vai à CPMI, diz que é inocente e que não conhece o Careca do INSS, depois resolve ficar calado

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Nesta quinta-feira (18), o advogado Nelson Wilians compareceu à CPMI do INSS para prestar depoimento após ser alvo de uma operação da Polícia Federal relacionada a fraudes no instituto. Ao se apresentar, Wilians afirmou que não conhece Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e se apoiou em um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal que lhe garantia o direito de permanecer em silêncio.

“De maneira categórica, eu não conheço o Careca do INSS. Tive conhecimento desse nome apenas por meio das notícias. Portanto, não há dúvida: eu não conheço essa pessoa”, declarou Wilians.

A investigação da Polícia Federal sobre Wilians começou depois que foram encontradas ligações financeiras entre ele e Maurício Camisotti, apontado como sócio oculto em fraudes que afetaram a Previdência.

Os relatórios da Polícia Federal incluem transações financeiras de Wilians, que movimentou R$ 4,3 bilhões em “operações suspeitas”, segundo um documento do Coaf anexado às investigações da operação Sem Desconto.

Em suas declarações iniciais, Wilians afirmou que a Polícia Federal tem o direito de investigar e que não considerava erro a ação da última semana. Ele disse que agora poderia contraditar as investigações.

“Não tenho relação com o que está sendo investigado, que envolve roubos de aposentados do INSS. A PF cumpre seu papel de apuração. Se achou que esse seria o caminho, é um direito dela”, comentou.

Wilians também expressou sua repulsa às fraudes, classificando-as como crimes hediondos. “Lesar um aposentado já é um crime gravíssimo. Lesar milhões deles é um atentado inaceitável, que agride tanto o indivíduo quanto toda a sociedade”, afirmou.

Após um intervalo solicitado pela defesa, Wilians decidiu se manter em silêncio. Quando questionado pelo relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar, ele repetiu que não tinha “qualquer relação” com as fraudes.

Ao ser pressionado a declarar a verdade, Wilians respondeu que “já disse a verdade”. Ele se negou a assinar um termo apresentado pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana, e não respondeu mais a perguntas dos membros da comissão.

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