Um juiz federal da Flórida negou nesta sexta-feira, 19 de setembro, a ação de US$ 15 bilhões movida pelo presidente Donald Trump contra o jornal The New York Times. O magistrado Steven Merryday considerou o processo “inapropriado e inadmissível”. Segundo ele, o documento ultrapassou os limites processuais, continha elogios a Trump e não seguia as normas do tribunal.
Merryday, que foi indicado por George H. W. Bush, afirmou que “uma ação judicial deve ser breve, simples e direta”, enfatizando que não é o espaço para insultos ou desabafos sobre adversários. Apesar da rejeição, ele deu um prazo de 28 dias para que os advogados de Trump apresentem uma nova queixa, com limite de 40 páginas.
O New York Times celebrou a decisão, destacando que o juiz identificou rapidamente que a denúncia era mais um documento político do que uma solicitação judicial séria. Este processo é apenas mais um capítulo da batalha de Trump contra veículos de comunicação, especialmente desde que voltou à Casa Branca em janeiro.
Nos últimos meses, Trump intensificou seus ataques à imprensa, restringindo o acesso a coletivas e movendo ações de grande valor contra jornalistas e empresas de mídia. Recentemente, a ABC, parte do grupo Disney, suspendeu o programa de Jimmy Kimmel após pressão da Casa Branca, seguida de críticas sobre um caso relacionado ao influenciador de direita Charlie Kirk.
Na ação, Trump acusou o Times de um “padrão de décadas” de difamações movidas por “malícia”, chamando o jornal de principal difusor de “falsidades” sobre sua imagem. Além do Times, quatro jornalistas da publicação e a editora Penguin Random House foram citados no processo, que também envolve um livro sobre a origem da fortuna de Trump.
Apesar da forte proteção à liberdade de imprensa nos Estados Unidos, Trump já obteve ganhos em disputas judiciais com outras empresas de mídia, como a ABC e a CBS, que concordaram em pagar indenizações milionárias para evitar a prolongação dos casos. O ex-presidente também processou Rupert Murdoch e o Wall Street Journal, exigindo US$ 10 bilhões em reparação após uma reportagem sobre correspondência com o criminoso condenado Jeffrey Epstein.
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