A Sabesp anunciou que vai aumentar o período de redução da pressão da água na região metropolitana de São Paulo. A partir de segunda-feira, 22 de setembro, essa medida será aplicada das 19h às 5h, um acréscimo de duas horas em relação ao horário atual, que vai das 21h às 5h.
A companhia informou que essa ação será temporária até que os níveis dos mananciais se regularizem. Durante o dia, haverá um controle da pressão da água em níveis que garantam o abastecimento aos moradores.
As novas restrições foram definidas com base no primeiro boletim do Comitê de Integração das Agências para a Segurança Hídrica, que inclui a Arsesp e a SP Águas.
A primeira fase da redução começou no final de agosto e, segundo a Sabesp, alcançou a economia esperada. A previsão era de 4 m³/s, mas o resultado foi de 4,2 m³/s, evitando a queda nos níveis dos mananciais.
Apesar disso, a ampliação do horário de restrição é necessária para recuperar os reservatórios, diante de condições climáticas e chuvas abaixo do esperado. O boletim mostra que o sistema responsável pelo abastecimento da região opera atualmente com 32,8% do volume útil. Os sistemas Cantareira e Alto Tietê, que concentram a maior parte da capacidade, registram 30,3% e 26,1%, respectivamente.
Camila Viana, presidente da SP Águas, mencionou que a agência monitora a situação em tempo real e está preparada para adotar novas medidas caso necessário.
Como Funciona a Redução de Pressão
- A redução da pressão consiste em diminuir o volume de água na rede de abastecimento, o que ajuda a minimizar perdas pelo vazamento nos canos entre a estação de tratamento e os imóveis.
- João Jorge da Costa, especialista em saneamento, explica que durante a noite, quando o consumo diminui, a pressão na rede pode aumentar. Isso pode resultar em perdas proporcionais à pressão.
- Esse aumento de pressão pode causar transtornos em locais mais altos, onde a água pode não chegar adequadamente.
- Bairros como Jardim Ângela e Brasilândia, por exemplo, enfrentaram problemas de desabastecimento noturno durante a crise hídrica de 2014-2015, persistindo em algumas áreas até hoje.
- O governo estadual sempre reiterou que moradores com caixa d’água devem ser menos afetados pelas reduções de pressão.
- O termo “redução de pressão” surgiu para evitar que o governo da época, sob Geraldo Alckmin, tratasse a situação como um racionamento de água em um período eleitoral.
E você, o que acha dessa nova medida? Compartilhe suas opiniões e experiências sobre o abastecimento de água em sua região nos comentários abaixo.
Facebook Comments