Na última sexta-feira, a Estônia denunciou uma violação de seu espaço aéreo por três caças russos MIG-31. O incidente ocorreu sobre o Golfo da Finlândia, com os aviões permanecendo na área por 12 minutos. A Otan confirmou a interceptação, classificando a ação da Rússia como uma “provocação extremamente perigosa”. O episódio se segue a outros relatos de violações aéreos por parte da Rússia na Polônia e Romênia, também países da aliança militar ocidental.
O Ministério das Relações Exteriores da Estônia destacou que, só este ano, a Rússia já violou seu espaço aéreo em quatro ocasiões. O chanceler estoniano, Margus Tsahkna, expressou sua indignação, afirmando que a situação é “inaceitável”. Na sua opinião, medidas políticas e econômicas imediatas são necessárias para responder a esses incidentes.
O primeiro-ministro estoniano, Kristen Michal, anunciou que pedirá uma reunião de emergência da Otan, conforme prevê o artigo 4 do tratado da aliança, que trata da segurança e integridade territorial dos países. Fontes da Otan indicam que essa reunião pode ocorrer no início da próxima semana.
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, diversas violações e tensões aéreas têm sido relatadas na região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou que essas atividades não são meros acidentes, mas parte de uma campanha sistemática da Rússia contra a Europa e a Otan, pedindo uma resposta firme.
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, elogiou a rápida resposta das patrulhas da aliança ao interceptar os caças. A porta-voz da Otan, Allison Hart, reforçou que esse tipo de comportamento da Rússia é imprudente e que a aliança está pronta para agir quando necessário.
Além das violações na Estônia, a Polônia também relatou 19 incursões em seu espaço aéreo, incluindo a interceptação de drones russos, o que levou à mobilização das defesas antiaéreas. A ex-primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, qualificou os recentes eventos como uma “provocação extremamente perigosa”, afirmando que a Rússia está testando a determinação do Ocidente.
Os países bálticos, que são grandes apoiadores da Ucrânia, delegam a vigilância do espaço aéreo a aliados da Otan, dada a ausência de suas próprias forças aéreas. Atualmente, a missão está a cargo da aviação italiana.
Com essas tensões aumentando, o cenário na região segue delicado. O que você acha que deve ser feito para lidar com a crescente agressividade da Rússia? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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