O presidente Donald Trump e o secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., divulgaram um relatório abordando as possíveis causas do aumento de diagnósticos de autismo nos Estados Unidos, uma preocupação que ambos têm há anos.
Apesar de a ciência já ter desmentido qualquer ligação entre vacinas e autismo, uma teoria anteriormente defendida por Trump e Kennedy, o novo relatório aponta o uso de paracetamol, o princípio ativo do Tylenol, por gestantes como outro possível fator de risco.

O que a ciência sabe sobre o autismo
- O transtorno do espectro autista (TEA) inclui dificuldades de comunicação e comportamentos repetitivos.
- A condição é resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
- Pesquisas buscam entender influências como poluição do ar e infecções na gravidez.
- A prevalência aumentou de 1 em 150 crianças em 2000 para 1 em 31 atualmente, em parte devido a melhores critérios diagnósticos.
- A inclusão de condições como a síndrome de Asperger no espectro também contribuiu para o aumento das estatísticas.

Paracetamol e outras hipóteses
Pesquisas sobre o uso de paracetamol durante a gestação apresentam resultados variados. Uma revisão com 46 estudos sugere uma associação com autismo e TDAH, mas não estabelece uma relação de causa e efeito.
Um estudo sueco envolvendo 2,5 milhões de crianças mostrou que essa ligação desaparece ao comparar irmãos da mesma mãe. Especialistas afirmam que o Tylenol deve ser utilizado com cautela e na menor dose possível, uma prática que já é comum.
A hipótese de que vacinas causam autismo foi refutada por diversos estudos sérios. O estudo inicial de Andrew Wakefield, publicado em 1998, foi retratado, e o autor perdeu a licença médica.

O debate continua, e é essencial que informações precisas e baseadas em evidências sejam levadas em conta. O que você pensa sobre essa nova discussão? Deixe sua opinião nos comentários.
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