O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou que o governo está comprometido em apoiar todas as empresas brasileiras impactadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Durante um seminário no Rio de Janeiro, Mercadante afirmou: “Nenhuma empresa impactada pelas tarifas ficará para trás. Já aprovamos R$ 1,5 bilhão em crédito com recursos do Plano Brasil Soberano.” Em apenas três dias, o banco já havia realizado 106 operações na linha de capital de giro.
O BNDES vai operar R$ 40 bilhões em crédito, sendo R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões de recursos próprios. Mercadante destacou que, conforme a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), empresas de todos os portes afetadas pela tarifa de 50% poderão acessar esses recursos, desde que sua receita bruta em exportações para os Estados Unidos represente ao menos 5% do total apurado entre julho de 2024 e junho de 2025.
Questionado sobre se os R$ 30 bilhões do FGE seriam suficientes, Mercadante enfatizou a importância de manter o diálogo para ajudar o setor exportador a superar as dificuldades. Ele ressaltou: “Espero que as dificuldades sejam superadas no diálogo que foi aberto hoje por iniciativa do presidente Trump.” Essa abordagem busca mitigar o impacto das tarifas e apoiar a recuperação das empresas afetadas.
Instalação de comissão
Além disso, Mercadante falou sobre a instalação da comissão no Congresso Nacional para tramitar a Medida Provisória do Plano Brasil Soberano. Ele expressou otimismo quanto ao apoio e à aprovação da medida, afirmando que o foco é garantir a assistência às empresas que sofreram os impactos.
O Plano Brasil Soberano visa financiar capital de giro e investimentos em adaptação da atividade produtiva, além da aquisição de máquinas e equipamentos e busca por novos mercados.
Oportunidade para o Brasil
Mercadante acredita que as medidas tarifárias dos EUA podem se transformar em uma oportunidade para o Brasil. Ele mencionou que a ApexBrasil está realizando um trabalho importante de inteligência estratégica para identificar mercados que podem substituir as exportações americanas. O presidente do BNDES está enfocado em convidar empresários americanos para discutir repactuação, ao mesmo tempo em que busca explorar novas oportunidades.
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