Pesquisadores localizaram um porto submerso próximo às ruínas da cidade de Taposiris Magna, no Egito. A equipe acredita que esse local misterioso, submerso no mar Mediterrâneo, pode ser o túmulo da rainha Cleópatra, trazendo novas esperanças para resolver o enigma que rodeia sua morte.
A descoberta foi feita pela arqueóloga Kathleen Martínez em colaboração com Robert Ballard, conhecido por ter encontrado os destroços do Titanic. No sítio arqueológico de Taposiris Magna, a dupla encontrou uma placa de vidro que descreve o lugar como um templo de Ísis, uma deusa associada à cura e à magia, que se acredita ter sido encarnada por Cleópatra.
Em 2022, o grupo descobriu um túnel subterrâneo de 1,3 km que leva até o mar, com estruturas artificiais submersas. O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito confirmou que se trata de um porto submerso.

Terremotos e tsunamis afundaram o porto
Antigos mapas mostram que essa região era uma península com ilhas além da costa. No entanto, terremotos e um tsunami afetaram Alexandria, onde está localizado o templo, mudando a geografia do local.
A equipe estava explorando possíveis locais para mergulhar e investigar se o túnel levava a alguma ilha, onde Cleópatra poderia ter passado seus últimos dias. “Nos últimos dois anos, nosso trabalho foi mapear as estruturas para identificar locais para o mergulho, já que agora é uma área de mar aberto e difícil de explorar”, contou Martínez ao portal IFLScience.
Com o mapa em mãos, os pesquisadores estão prontos para iniciar escavações subaquáticas. “Nesta próxima temporada, planejamos mergulhar e realmente começar a escavação”, afirmou a arqueóloga.
Local tem sinais da presença de Cleópatra
Em estudos anteriores, a equipe encontrou centenas de moedas com o rosto da rainha e um busto que acreditam ser de seu pai. Entre os artefatos, havia um pote datado do período em que Cleópatra viveu.
Tecnologias de escaneamento revelaram um pequeno busto enterrado, com características de Cleópatra, como nariz distinto e cabelos presos sob um cocar. “Existem apenas sete imagens de Cleópatra conhecidas no mundo. Estamos otimistas sobre este achado”, destacou Martínez.

Paradeiro da última faraó do Egito é um mistério milenar
Cleópatra tornou-se rainha aos 18 anos, ao lado de seu irmão Ptolemeu XIII, que mais tarde a expulsou do trono. Ela então se aliou a Júlio César. Após sua morte, mudou seus interesses para Marco Antônio.
Com os romanos se voltando contra a dinastia egípcia após a vitória de Otaviano em 31 a.C., Cleópatra e Marco Antônio fugiram para o Egito, que foi invadido no ano seguinte.

Tradicionalmente, um inimigo romano capturado era arrastado pelas ruas após a derrota, mas Cleópatra não foi encontrada. Por isso, os romanos fizeram esse ritual com uma estátua.
A principal teoria sugere que, ciente de seu destino, a rainha fugiu para um lugar seguro. A localização desse refúgio continua sendo um mistério que arqueólogos tentam desvendar há séculos.
A pesquisa da equipe liderada por Martínez e Ballard é destaque no documentário Cleopatra’s Final Secret, que estreia no National Geographic e em plataformas como Disney+ e Hulu nos próximos dias.
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