Apesar da promessa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar a reforma do Imposto de Renda na quarta-feira, 1º de outubro, integrantes do Palácio do Planalto estão atentos ao desenrolar da proposta.
Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que, mesmo com um ambiente favorável para a aprovação, o governo quer evitar surpresas, como a que ocorreu com a derrubada do decreto do IOF.
Recentemente, Motta surpreendeu o Planalto ao pautar um decreto legislativo para derrubar as mudanças nas alíquotas do IOF, depois de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O governo vê a reforma do IR como uma aposta para aumentar a popularidade de Lula, sendo Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, o relator da proposta.
Lira, que segurou o texto nas últimas semanas, ficou irritado com a tentativa de Renan Calheiros (MDB-AL) de aprovar uma “reforma paralela” na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
“O texto da isenção do Imposto de Renda foi elaborado com muito diálogo entre todos. É reprovável que alguns oportunistas queiram fazer politicagem com o projeto”, disse Lira em suas redes sociais.
Ainda paira uma preocupação entre os governistas devido ao “PL da Dosimetria”, substituto do projeto de anistia aos envolvidos na trama golpista, que pode influenciar a votação do Imposto de Renda. O relator apontou insatisfações em outras bancadas com a postura do PT na PEC da Blindagem, sugerindo que o IR pode estar atrelado à votação do projeto.
Hugo Motta, por sua vez, negou que a votação do IR esteja condicionada ao “PL da Dosimetria” e confirmou a votação para o dia 1º de outubro.
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