Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar, será transferido do Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente para uma unidade policial na capital paulista. A medida visa evitar um possível resgate por parte do Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão foi autorizada pela juíza Luciana Viveiros Corrêa dos Santos Seabra.
Jaguar é um dos investigados pela morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes. Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, ele é apontado como um dos atiradores responsáveis pelo assassinato do policial civil aposentado, ocorrido em Praia Grande, no dia 15 de setembro.
Na época do crime, Ruy ocupava o cargo de secretário municipal de Administração e tinha acumulado desafetos, também investigados pela polícia como possíveis envolvidos no assassinato.
A transferência de Jaguar
O pedido para a transferência de Jaguar foi feito pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Os investigadores argumentaram que, mesmo preso, o criminoso poderia continuar exercendo influência no litoral paulista e tinham receio de um possível resgate. O juiz do Departamento de Inquéritos Policiais (DIPO) não se opôs à transferência, que foi autorizada com as devidas precauções para garantir a segurança do deslocamento.
No processo, Jaguar é mencionado como parte do planejamento do homicídio de Ruy Ferraz, cuja morte abalou as autoridades devido à sua atuação contra o PCC. Mantê-lo na capital é considerado estratégico para agilizar oitivas e diligências. A decisão judicial também determinou a notificação imediata à Secretaria da Administração Penitenciária e ao CDP de São Vicente, com o despacho finalizando com ordens para a execução da transferência.
Trajetória criminal de Rafael Marcell
Jaguar tem um histórico criminal que remonta a 2009, quando foi preso por crimes relacionados a organização criminosa e homicídio. Desde então, ele passou por diversas detenções, alternando entre o cumprimento de pena e a liberdade provisória. Documentos judiciais mostram que, embora tenha sido solto em algumas ocasiões, ele frequentemente se envolveu em novas investigações, consolidando sua reputação de reincidente.
Esse padrão de prisões e solturas fez de Rafael Marcell um alvo prioritário para as forças de segurança. A sua inclusão no caso de Ruy Ferraz trouxe à tona a necessidade de medidas mais rigorosas, ressaltando sua importância nas apurações sobre o crime organizado.
Até o fechamento desta reportagem, a defesa de Jaguar não havia sido localizada, e o espaço permanece aberto para manifestações.
O assunto suscita preocupações sobre a segurança pública e a influência do crime organizado. O que você pensa sobre a situação? Deixe sua opinião nos comentários.
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