A proteína é um dos nutrientes mais comentados na alimentação saudável, especialmente entre aqueles que buscam ganhar massa muscular, emagrecer ou ter mais energia no dia a dia. Ela é fundamental para a construção e reparação de tecidos, produção de hormônios e fortalecimento do sistema imunológico.
No entanto, consumir proteína em excesso pode trazer problemas de saúde, ao contrário do que muitos pensam. Diferente de carboidratos e gorduras, que podem ser armazenados no corpo, a proteína não possui uma reserva específica. Quando ingerida em grandes quantidades, precisa ser transformada ou eliminada, sobrecarregando órgãos como fígado e rins.
Além disso, o excesso de proteína, principalmente de origem animal, pode vir acompanhado de gorduras saturadas e colesterol. Isso significa que é importante saber a quantidade correta de proteína necessária para cada pessoa e quais são os efeitos desse consumo excessivo.

As proteínas são formadas por aminoácidos, que servem como “tijolos” para o corpo. Sem proteína suficiente, não é possível regenerar músculos ou manter funções vitais. Fontes de proteínas incluem carnes, ovos e laticínios, além de alimentos vegetais como leguminosas e grãos.
Durante a digestão, a proteína é quebrada em aminoácidos que são absorvidos e utilizados pelas células conforme necessidade. Se o consumo exceder o necessário, o corpo terá que lidar com esse excesso, que pode ser transformado em energia ou eliminado, colocando mais carga sobre os rins e fígado.
O que é proteína demais?
Ingerir mais proteína do que o corpo pode usar, ultrapassando cerca de 2g por kg de peso corporal, pode ter consequências sérias. Um adulto de 70 kg, por exemplo, poderia consumir até 140 g de proteína, mas esse valor não é equivalente a comer um bife de 140 g, pois a carne não é composta apenas por proteína.
Quando os rins recebem mais resíduos nitrogenados do que conseguem filtrar, eles precisam trabalhar mais, o que pode causar danos ao longo do tempo. Além disso, o risco de desenvolver pedras nos rins aumenta se houver concentrações elevadas de minerais.
Estudos recentes também mostram que um consumo de proteínas superior a 22% das calorias diárias está associado a um aumento do risco cardiovascular. O excesso de proteína pode resultar em problemas digestivos e desequilíbrios nutricionais, além de estresse no fígado.
O consumo excessivo de proteína animal, especialmente de carnes vermelhas e processadas, tem sido ligado a um maior risco de certos tipos de câncer, como câncer colorretal e da próstata. Também pode interferir na saúde óssea, levando à perda de cálcio dos ossos.
Além disso, dietas unicamente ricas em proteína podem levar a uma “intoxicação por proteína”, causando fadiga, náuseas e outros problemas metabólicos.

Quem está mais vulnerável e quando esse excesso é mais perigoso?
Indivíduos com doenças renais, hipertensão ou problemas hepáticos precisam ter atenção extra ao consumir proteína. Para essas pessoas, um alto consumo proteico pode agravar a situação. Idosos também podem estar em risco, pois seus rins e metabolismo já são menos eficientes.
Atletas frequentemente consomem mais proteína, mas é importante lembrar que existe um limite. Exceder esse limite repetidamente não traz ganho proporcional e pode resultar em efeitos negativos.
Um consumo elevado de proteína por períodos curtos pode ser tolerado por pessoas saudáveis, mas a exposição prolongada aumenta os riscos de problemas. O uso excessivo de suplementos alimentares sem orientação também apresenta riscos, pois esses produtos podem conter doses elevadas.
O ideal é calcular a quantidade necessária de proteína com base no peso, nível de atividade, idade e saúde, sempre com ajuda profissional. A recomendação geral varia de 0,8 a 1,5g por kg, e até 2g para quem treina intensivamente.
Dicas para um consumo saudável de proteína:
- Prefira fontes saudáveis, como carnes magras, peixes, ovos e leguminosas;
- Misture proteínas animais e vegetais para maior variedade nutricional;
- Divida o consumo de proteína ao longo do dia;
- Mantenha boa hidratação para ajudar a eliminar resíduos;
- Evite dietas extremas e busque acompanhamento de profissionais de saúde.

E aí, você já parou para pensar sobre o quanto de proteína consome no dia a dia? Compartilhe suas experiências ou dúvidas nos comentários! Sua opinião é sempre bem-vinda.
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