Terra em detalhes inéditos: veja as primeiras fotos do super satélite NISAR

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O satélite NASA-ISRO Synthetic Aperture Radar (NISAR), uma colaboração entre a NASA e a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), lançou as primeiras imagens de radar da Terra, uma grande conquista antes do início das operações científicas em 2023.

“Essas imagens são um marco do que podemos alcançar quando trabalhamos juntos em torno da inovação e descoberta”, afirmou Sean Duffy, administrador interino da NASA. Ele destacou que isso é apenas o início e que a NASA continuará avançando no conhecimento científico enquanto busca manter a liderança espacial dos Estados Unidos.

Visão geral das rotas de voo do UAVSAR e os dados simulados do NISAR que podem ser acessados no banco de dados
Uma visão geral das rotas de voo do UAVSAR e os dados simulados do NISAR que podem ser acessados no banco de dados. Crédito: NASA

O que o satélite captou da Terra?

  • O NISAR, lançado em 30 de julho, mostrou seu potencial ao capturar imagens que revelam detalhes essenciais para áreas como resposta a desastres, monitoramento de infraestrutura e gestão agrícola.
  • Amit Kshatriya, administrador associado da NASA, explicou que entender o funcionamento da Terra nos permite desenvolver modelos e análises sobre outros planetas enquanto nos preparamos para missões a Lua e Marte.
  • O registro das primeiras imagens “é um exemplo notável de como a colaboração entre nações pode gerar grandes resultados em benefício de todos”.
  • Em 21 de agosto, o radar de abertura sintética em banda L (SAR) capturou a Ilha Mount Desert, no Maine. As áreas escuras nas imagens representam água, enquanto verdes indicam florestas e magenta mostra superfícies duras, como solo exposto e construções.
  • O radar em banda L consegue identificar detalhes de até cinco metros, revelando canais estreitos e ilhotas na região.

Dois dias depois, em 23 de agosto, imagens do nordeste da Dakota do Norte mostraram florestas e áreas úmidas ao longo do rio Forest, além de plantações de soja e milho. Campos escuros representavam terras em pousio, enquanto áreas claras eram pastagens ou cultivos ativos; padrões circulares indicavam o uso de irrigação por pivô central.

Essas observações destacam a capacidade do sistema em banda L de distinguir tipos de cobertura do solo, sendo crucial para monitorar mudanças em ecossistemas e o crescimento de safras.

“Essas imagens iniciais são apenas uma prévia da ciência robusta que o NISAR irá produzir”, comentou Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missões Científicas da NASA, ressaltando o esforço conjunto de centenas de cientistas e engenheiros para desenvolver esse satélite.

Imagem do radar de banda L do NISAR mostra a Ilha Mount Desert, no Maine. Verde indica floresta; magenta representa superfícies duras.
Capturada em 21 de agosto, esta imagem do radar de banda L do NISAR mostra a Ilha Mount Desert, no Maine. Verde indica floresta; magenta representa superfícies duras; a área magenta na extremidade nordeste é a cidade de Bar Harbor (Imagem: NASA/JPL-Caltech)

Detalhes do satélite

O NISAR utiliza um sistema em banda L com comprimento de onda de 25 centímetros, que consegue atravessar copas de florestas e medir a umidade do solo, bem como o movimento de superfícies de gelo e da crosta terrestre com precisão de frações de centímetro. Essas medições são importantes para entender deslocamentos em casos de terremotos e erupções vulcânicas.

As imagens preliminares nos dão uma ideia do que será produzido quando as operações científicas começarem em novembro. O satélite foi colocado em órbita a 747 quilômetros de altitude em meados de setembro.

A missão também conta com um radar em banda S, que utiliza ondas de dez centímetros e é eficaz no monitoramento de cultivos e ecossistemas. O NISAR é o primeiro satélite a carregar esses dois tipos de radar, sendo capaz de examinar superfícies duas vezes a cada 12 dias.

O projeto é o resultado de uma longa colaboração entre os EUA e a Índia. O Centro de Aplicações Espaciais da ISRO forneceu o radar em banda S, enquanto outros centros da ISRO e da NASA cuidaram das plataformas e operações.

No lado americano, o JPL, ligado ao Caltech, lidera os esforços, gerenciando a comunicação e a transmissão dos dados. O Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA também participa, recebendo os dados do radar em banda L.

O que você acha dessa nova tecnologia? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe suas impressões sobre as possibilidades que o NISAR traz para a ciência e observação da Terra.

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