Um ataque russo com mísseis e drones atingiu Kiev neste domingo (28), resultando na morte de pelo menos quatro pessoas, incluindo uma menina de 12 anos. As autoridades locais informaram que o bombardeio durou várias horas e causou perigosos danos em áreas residenciais.
Timur Tkachenko, chefe da administração militar da capital, revelou que o corpo da menina foi encontrado em um prédio de cinco andares no bairro Solomiansky. Além dela, duas outras vítimas fatais foram registradas em um centro de cardiologia. O ataque deixou ainda 27 feridos na cidade e em seus arredores, conforme reportado por Mikola Kalashnik, responsável pela administração militar regional.
Com o bombardeio, a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia e a Rússia, decidiu enviar caças para patrulhar seu espaço aéreo. Isso ocorreu após a OTAN ter acusado Moscou de múltiplas violações em sua área de defesa. A Rússia, por sua vez, afirmou que os alvos mirados eram “empresas do complexo militar-industrial ucraniano”.
Anna, uma moradora de 26 anos de Kiev, compartilhou sua experiência. Ela relata que seu apartamento ficou cheio de cacos de vidro depois do ataque: “Ouvi um foguete voando e, em seguida, uma explosão com as janelas se estilhaçando”, recorda.
Nas últimas semanas, a tensão tem aumentado, com a Rússia realizando 643 lançamentos de drones e mísseis em várias regiões da Ucrânia, segundo o Estado-Maior ucraniano. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, enfatizou que o Kremlin continua lucrando com a guerra, enquanto busca mais apoio internacional contra a agressão russa.
As forças armadas da Polônia estão em alerta máximo, com caças posicionados e sistemas de defesa prontos para reagir, diante do crescente número de violações aéreias registradas por países europeus. A OTAN também intensificou a vigilância na região do Báltico após intrusões de drones na Dinamarca.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, negou que seu país tenha intenções agressivas contra as nações da OTAN, mas alertou que qualquer agressão a seu território terá uma resposta decisiva.
Neste cenário tenso, Zelensky anunciou recentemente a chegada de um sistema de mísseis de defesa aéreos Patriot dos Estados Unidos, com outros equipamentos previstos para chegar em breve. A guerra, que começou em fevereiro de 2022, permanece em impasse, e os esforços diplomáticos para sua resolução estão estagnados.
Essa situação dramática convida a uma reflexão sobre o que vem acontecendo. O que você acha dos últimos desenvolvimentos na Ucrânia? Compartilhe sua opinião.
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