O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participou de um evento em São Paulo nesta segunda-feira (29) e destacou que a convergência da inflação brasileira para a meta de 3% está sendo mais lenta do que o esperado. Ele apontou a resiliência do mercado de trabalho, que continua forte, mesmo com as taxas de juros elevadas. Galípolo indicou que a política de aperto deve ser mantida por um período mais longo.
Ele mencionou que, apesar da taxa Selic alta, o mercado de trabalho está alcançando o que ele considera o “pleno emprego ou algo além disso”. Para Galípolo, este é o melhor cenário observado nas últimas três décadas, descrevendo o mercado de trabalho como “exuberante”. Essa combinação de juros altos e um mercado de trabalho dinâmico é um desafio para o controle da inflação.
Galípolo questionou por que, mesmo diante de uma taxa de juros real de 10%, que seria bastante restritiva para qualquer outra economia, o mercado de trabalho continua apresentando sinais de força. Ele reforçou que não há “atalhos” para a autoridade monetária e que qualquer desvio no caminho pode tornar o retorno mais longo. Por isso, é fundamental manter a “serenidade e persistência” nos próximos passos.
O presidente também comentou que o período mais desafiador será aquele em que a taxa de juros precisar permanecer alta por um tempo prolongado, o que exigirá determinação. Ele atribui a robustez do mercado de trabalho a estímulos de demanda e reformas estruturais implementadas ao longo do tempo.
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