A Casa Branca anunciou que uma paralisação do governo é iminente. Isso ocorre após o projeto orçamentário para estender o financiamento federal não avançar no Senado. Na terça-feira, senadores tentaram aprovar um orçamento, mas a proposta mais recente contou com apenas 55 dos 60 votos necessários.
Diante do impasse, o orçamento não será votado antes de 1º de outubro, data em que a paralisação terá início. Os democratas bloquearam um projeto de lei provisório dos republicanos que garantiria o financiamento atual por sete semanas, mas sem a inclusão de subsídios do Obamacare.
Uma proposta alternativa dos democratas, que buscava financiar o governo e estender os subsídios que expiram no final do ano, também não obteve o apoio necessário.
O Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca enviou um memorando a chefes de departamentos e agências, ressaltando que o presidente Donald Trump apoia a proposta de extensão orçamentária, mas os democratas estão impedindo seu avanço.
“Não está claro por quanto tempo os democratas manterão sua postura insustentável, tornando a duração do fechamento difícil de prever. Entretanto, os funcionários devem comparecer ao trabalho em seu próximo turno para realizar atividades de encerramento ordenado”, diz o memorando.
Para ganhar tempo, os republicanos sugeriram estender o financiamento até 21 de novembro. Em resposta, os democratas apresentaram uma proposta que financia o governo apenas até outubro, mas com exigências adicionais na área da saúde, como a prorrogação de créditos tributários do Obamacare.
Lado a lado
No X, Chuck Schumer, líder dos democratas no Senado, afirmou que os republicanos são os responsáveis pelo “shutdown”. Ele comentou que os republicanos rejeitaram a proposta para evitar uma paralisação do governo e atender às necessidades de saúde da população.
Essa paralisação ocorre porque nenhum dos doze projetos de lei que financiam as agências federais foi aprovado para o novo ano fiscal. Sem uma extensão temporária do financiamento, a lei antideficiência obriga a interrupção de operações não essenciais.
Durante a paralisação, serviços essenciais, como os de militares, policiais federais, controladores de tráfego aéreo e TSA, continuarão com suas atividades, mas sem pagamento imediato. Já os servidores de áreas não essenciais podem enfrentar demissões permanentes, caso não haja financiamento alternativo.
Programas como Previdência Social, Medicare e Medicaid seguirão ativos, embora possam ter atrasos administrativos. Os parques nacionais, por sua vez, podem abrir parcialmente, mas com serviços limitados, como já aconteceu em paralisações anteriores.
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