Queixas sobre iluminação pública precária explodem no DF e saltam 81%

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O Distrito Federal enfrenta um grave problema de iluminação pública. As reclamações na Ouvidoria do GDF aumentaram 81% de janeiro a setembro deste ano, totalizando 6.038 registros. Em comparação, o mesmo período em 2024 registrou 3.330 queixas.

Segundo os dados, as regiões com mais reclamações em 2025 são: Plano Piloto (1.018), Guará (614), Ceilândia (595), Taguatinga (551) e Gama (396).

A senadora Leila Barros lamentou a situação em uma rede social, destacando que a falta de iluminação gera medo e insegurança na população. “A vida das pessoas precisa estar em primeiro lugar! Seguiremos cobrando soluções urgentes e definitivas para esse problema”, afirmou.

Reclamações dos moradores

Moradores de Águas Claras relataram que a Praça das Gaivotas está sem luz há cerca de uma semana, com 10 postes apagados. Outra pessoa, do Sudoeste, comentou que os postes de LED não duram, enquanto um morador da Asa Norte destacou a escuridão total em áreas próximas ao Ceub, dificultando até a visualização das paradas de ônibus.

Um morador do Cruzeiro Novo mencionou postes apagados ao redor de uma escola e estruturas enfraquecidas. “Fiz a reclamação e nada. A cada três meses, é a mesma coisa”, declarou.

Outra residente relatou que há dois meses tenta resolver o problema sem sucesso, enfrentando protocolos encerrados e sem iluminação.

Pontos à escura

Recentemente, uma reportagem percorreu várias áreas onde a escuridão é predominante à noite. Somente os faróis dos carros iluminam alguns trechos. Em Ceilândia, é comum a falta de luz em quadras, como na QNM 8, onde os postes frequentemente estão apagados.

Na saída de Águas Claras, motoristas precisam redobrar a atenção para evitar acidentes, e no Sudoeste, a falta de luz gera insegurança para quem anda a pé.

Na Avenida Contorno, no Guará 2, a escuridão na última sexta-feira aumentou o risco para pedestres que tentavam atravessar a pista.

Especialista aponta negligência da CEB

O engenheiro eletricista Mário Kenji, da Universidade Católica de Brasília, observa que as reclamações podem ser atribuídas a vandalismo, desgaste dos equipamentos ou falta de manutenção. Segundo ele, é preciso verificar há quanto tempo um problema não é resolvido para entender se há negligência por parte da CEB Ipes.

Furtos

A CEB IPes, responsável pela iluminação pública, informou que muitos problemas decorrem de furtos sistemáticos de cabos e equipamentos. As quadras 700 e 900 da Asa Sul e Asa Norte são os alvos preferenciais de criminosos. Em 2025, foram furtados 57 km de cabos, totalizando um prejuízo estimado de R$ 1,1 milhão.

A situação preocupa os moradores, que enfrentam diariamente a falta de iluminação em diversas áreas. E você, já passou por alguma situação assim? Compartilhe suas experiências nos comentários.

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