A violência contra mulheres tem se mostrado uma forma comum de perseguição a cristãos na África Subsaariana. Um exemplo é a história de Rifkatu, que foi sequestrada por extremistas da etnia fulani apenas um mês após seu casamento com o pastor Zamai. A família havia deixado seu vilarejo devido a ataques jihadistas, mas a falta de alimentos os levou a voltar para colher o que restava no campo.
Enquanto Zamai saiu para levar seu pai idoso e a irmã mais nova para a nova casa em uma motocicleta, Rifkatu e sua cunhada ficaram para trás. Elas foram cercadas e sequestradas. Em suas palavras, “o homem que me levou na moto perguntou por que eu chorava. Eu respondi que era casada, mas ele disse: ‘Se seu marido fosse forte, ele a teria resgatado’.”
As mulheres foram levadas a um local abandonado e abusadas por vários homens. No dia seguinte, foram levadas para um acampamento de militantes, onde a violência continuou. Rifkatu notou que os outros sequestrados eram todos cristãos. Apesar da brutalidade, ela manteve a fé, acreditando que seu marido estava orando por sua proteção.
Para tentar proteger-se, Rifkatu disse que estava grávida, mas isso não ajudou. Completamente debilitada, começou a ter dores intensas e cuspir sangue. Seus captores temiam que ela sofresse um aborto espontâneo, pois acreditavam que isso traria azar. O chefe dos jihadistas então decidiu levá-la para casa sem exigir pagamento de resgate, após saber da situação dela.
O líder a levou e sua cunhada até uma igreja em uma vila próxima, de onde finalmente voltaram para casa. O pastor Zamai expressou seu alívio: “No dia em que minha esposa voltou, meu coração se encheu de alegria. Deus havia respondido às minhas orações.”
O trauma causado pelo sequestro começou a afetar a vida de Rifkatu. Ela passou a ter medo, até mesmo do marido. Zamai relata: “Ela disse que tinha medo de mim, o que afetou nosso relacionamento.” Com o tempo, ela se readaptou, engravidou novamente, mas o parto trouxe complicações, resultando em uma filha com atraso no desenvolvimento.
A cidade logo começou a especular sobre a paternidade da criança, acreditando que ela podia pertencer aos fulani. Essas fofocas tornaram a vida de Rifkatu insuportável, levando até algumas mulheres da igreja a se afastarem dela, com medo de que o mesmo pudesse acontecer com elas.
Na África Subsaariana, mulheres vítimas de violência sexual enfrentam ainda mais desafios ao retornar para casa, sendo tratadas com desconfiança e estigmatização. A violência sexual funciona como uma arma, cuja consequência vai além do indivíduo, afetando famílias e toda a costa cristã.
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