Kaique Coutinho do Nascimento, sentenciado a 24 anos de prisão pela morte do policial militar Samuel Wesley Cosmo, recorreu da decisão e pede que o caso seja revisado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O recurso foi protocolado logo após o julgamento no Tribunal do Júri, que aconteceu no dia 27 de agosto.
A morte do soldado Samuel, ocorrida em 3 de fevereiro de 2024, desencadeou a 3ª fase da Operação Verão na Baixada Santista, que investiga várias denúncias de execuções e torturas realizadas por policiais. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o objetivo da operação era prender o autor do crime. Kaique, conhecido como Chip, foi localizado dias depois em Uberlândia, Minas Gerais.
A prisão, no entanto, não pôs fim à onda de violência na região. Nos dois meses seguintes, a polícia foi responsável pela morte de 56 pessoas, incluindo um homem cego, um deficiente físico e uma mãe de seis filhos que foi atingida por engano.
No Tribunal do Júri, foram ouvidas três testemunhas de acusação: os policiais militares Ederson Luiz da Costa e Ricardo Silva Mombelli, que acompanhavam Samuel no momento do crime, e o delegado Thiago Bonametti, responsável pela investigação.
Um ponto crucial para identificar o suspeito foi a câmera corporal do soldado Samuel. O equipamento registrou o momento em que ele caminhava por vielas da comunidade do Mangue Seco, em Santos, quando Chip apareceu armado e disparou contra ele.
Assista:
Baixada Sangrenta
Apesar das evidências de execuções durante a Operação Verão, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) decidiu arquivar os inquéritos que investigavam a conduta dos policiais. Ao todo, foram ouvidas 92 pessoas, analisados 330 vídeos, e 167 interrogatórios realizados. O MPSP apresentou sete denúncias contra 13 policiais, mas a Justiça confirmou o arquivamento.
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