A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiu adiar a votação de Wagner Rosário, atual controlador-geral do estado, para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). A sessão, realizada na noite de terça-feira, se estendeu além do horário limite e enfrentou embates entre a base do governo e a oposição, o que contribuiu para o atraso na votação. Novamente, o assunto será discutido nesta quarta-feira, às 16h30.
A indicação de Rosário é feita pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para ocupar a vaga deixada pelo conselheiro Antônio Roque Citadini, que se aposentou no mês passado.
Quem é Wagner Rosário
- Wagner Rosário, 49 anos, nasceu em Juíz de Fora, Minas Gerais, e já atuou como controlador-geral da União entre 2017 e 2022, durante os mandatos dos presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
- Atualmente, ele é secretário da Controladoria-Geral do Estado de São Paulo e tem uma conexão de longa data com Tarcísio de Freitas, com quem estudou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e atuou durante o governo Bolsonaro.
- Antes de assumir a CGU, Rosário era servidor de carreira no órgão.
Disputa pela vaga do TCE
A vaga de conselheiro do TCE é muito desejada na política devido à estabilidade, alto salário e influência. O indicado se junta a um grupo de sete conselheiros responsáveis por analisar as contas do governo estadual e das prefeituras. No TCE, o salário é de R$ 44 mil, com aposentadoria compulsória aos 75 anos.
As nomeações para o Tribunal são feitas em rodízio entre o governador, Alesp, o Ministério Público de Contas e os auditores. Durante a gestão de Tarcísio, estão previstas quatro mudanças, sendo a vaga para a qual Rosário foi indicado a terceira. Resta ainda a substituição do conselheiro Sidney Beraldo, indicada pela Alesp.
O deputado Carlos Cezar (PL), 54 anos, é um forte candidato a essa vaga, contando com o apoio de aproximadamente 80% dos parlamentares da Alesp. Ele é pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular e tem um histórico ativo na Frente Parlamentar Evangélica e na Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
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