As exportações do Brasil para os Estados Unidos sofreram uma queda de **18,5%** em agosto de 2025, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (4). Essa redução se deu em meio à imposição de tarifas aduaneiras de **50%** por Donald Trump desde 6 de agosto, a maior taxa aplicada a outro país, alegando uma suposta “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O saldo negativo na balança comercial alcançou **1,23 bilhão de dólares**, o mais alto de 2025. As exportações somaram **2,76 bilhões de dólares** em agosto, em comparação com **3,39 bilhões** no mesmo mês do ano anterior, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Os produtos mais afetados pelas novas tarifas foram o açúcar, que registrou uma queda de **88,4%**, e a carne bovina fresca, com redução de **46,2%**. Herlon Brandão, diretor do Departamento de Estatísticas do MDIC, apontou que essa queda está ligada às tarifas, que aumentam os preços e reduzem a demanda. Além disso, ele mencionou que a incerteza em julho pode ter levado a uma antecipação de embarques.

Apesar do impacto nas vendas para os Estados Unidos, o Brasil conseguiu um crescimento de **3,9%** em suas exportações totais, impulsionado especialmente por mercados como China, Argentina e México. Trump anunciou o tarifaço contra o Brasil em 9 de julho e, três semanas depois, divulgou uma lista com quase **700 produtos** isentos dos encargos.

Enquanto isso, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, afirmou que a corte não cederá a pressões externas em relação ao julgamento de Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado em 2022. Além das tarifas, o governo Trump sancionou alguns ministros do STF e outras autoridades brasileiras em solidariedade a Bolsonaro.

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